Verão exige prevenção contra as queimaduras

O verão é a estação lembrada, quase sempre por bons momentos de lazer e descanso. A temporada de praia e calor é marcada tanto pela a prática de atividades ao ar livre quanto pelos divertimentos que o clima proporciona.

Pena que a estação não é só lembrada por coisas boas, pois nesse período cresce exponencialmente o risco de acidentes, principalmente, queimaduras graves de pele, provocadas pelo sol em excesso ou pelo descaso com a prevenção.

São poucas as pessoas que nunca sentiram na pele tal desconforto. Elas chegam sem que a pessoa perceba.

Podem aparecer em uma simples caminhada na praia ou no bate-bola ao sol e, até mesmo, depois de algumas horas cortando grama no quintal.

Basta que a pessoa realize tais atividades sem qualquer proteção, que inclui camisetas, chapéus e, principalmente, o filtro solar.

Nas mulheres, as queimaduras surgem, principalmente, pelo excessivo tempo de exposição ao sol – quando elas tentam “intensificar” o bronzeado.

O corretor de seguros Sérgio Vitor, de Abatiá, no norte do Estado, comenta que todo ano, na temporada de praia, precisa redobrar os cuidados para não sofrer durante as férias.

Quando volta para sua cidade, além dos bons momentos vividos, traz de recordação a pele marcada pelas queimaduras que continuam na sua pele.

“Nos primeiros dias, até a rotina de vestir uma roupa se torna um tormento”, lembra.

O que o corretor não sabe é que os efeitos cumulativos desses “acidentes” vão ter um impacto significativo na sua pele futuramente.

Não podemos esquecer que as queimaduras solares podem ocorrer mesmo que as pessoas tenham evitado a exposição direta ao sol, ficando embaixo de tendas ou guarda-sol.

Nessa situação a queimadura ocorre por reflexo dos raios solares na água, areia da praia ou mesmo nas calçadas.

Emergência

O cirurgião plástico José Luiz Takaki, comenta que a cada começo de semana, os casos de queimaduras vão se duplicando.

“Quase sempre a desculpa é a de que na praia é mais difícil perceber que a pele está sendo fritada”, diz o médico, lembrando que a brisa à beira-mar ameniza a sensação de calor.

Apesar das constantes informações a esse respeito recebidas pela população, os casos continuam aumentando.

“Ainda bem que o péssimo hábito de preparar ‘bronzeadores’ caseiros quase desapareceu, senão a incidência de queimadura era ainda maior”, garante.

Sua preocupação é tanta que o médico só recomenda o uso de protetor solar com FPS 30 para seus pacientes.

No entanto, o chefe do setor de queimados, adverte que não devemos nos preocupar somente com as queimaduras solares, pois grande parte das vítimas se queima em acidentes domésticos, muitos deles previsíveis.

As principais causas dizem respeito à falta de cuidado com a manipulação de líquidos ferventes como água, café ou molhos; agentes químicos como soda cáustica, cal, ácidos e creolina; acidentes elétricos; e por fogo, tanto em chama quanto em brasa.

Todas essas queimaduras necessitam de um atendimento imediato sob pena de causar sérios danos à pele, principalmente nas crianças, que nesta época do ano passam mais tempo em casa, muitas vezes, sem a vigilância de adultos.

Extensão e profundidade

As queimaduras provocadas pelo sol, embora comumente extensas, são quase sempre superficiais (de 1º grau).

A pele fica vermelha, doída e irritada. É comum associar-se às queimaduras solares certo grau de insolação, a qual, em determinadas situações, apresenta gravidade maior do que a própria queimadura.

A insolação, s&iacu,te;ndrome causada pela ação direta dos raios solares sobre o corpo humano, principalmente quando o mesmo se apresenta com a cabeça desprotegida, manifesta-se pelo aparecimento de irritabilidade, cefaléia intensa, vertigens, transtornos visuais, zumbidos e mesmo colapso e coma, situação que requer pronto atendimento médico.

As queimaduras são classificadas de acordo com a extensão e profundidade da lesão. A gravidade depende mais da extensão do que da profundidade. Uma queimadura de primeiro ou segundo grau em todo o corpo é mais grave do que uma queimadura de terceiro grau de pequena extensão.

Saber diferenciar a queimadura é muito importante para que os primeiros cuidados sejam efetuados corretamente. Os primeiros cuidados são importantes para não prejudicar o local queimado.

O cirurgião explica que, para as queimaduras solares menos graves, o curativo deve ser trocado depois de três dias, pois nesse período a pele já deve apresentar sinais de cicatrização.

Para os casos mais graves, o atendimento especializado deve ser procurado imediatamente, para se evitar procedimentos que prejudiquem ainda mais o local afetado.

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