Veneno da aranha marrom pode virar remédio

As toxinas presentes em venenos e secreções de animais peçonhentos ? as aranhas marrons, por exemplo – poderão ser usados como “modelos” para a fabricação de fármacos e medicamentos. Este é o principal objetivo do projeto “Biodiversidade, Toxinas e Aplicações Biotecnológicas”, desenvolvido nos laboratórios da UFPR, com apoio dos governos federal e estadual/Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior/Fundo Paraná.

Segundo o coordenador do projeto, professor Silvio Sanches Veiga, da UFPR, a descoberta de uma toxina com potencial patenteável e de valor comercial poderia gerar inclusive a instalação de uma fábrica de fármacos e medicamentos no Estado.

A equipe do projeto já identificou até agora três toxinas do veneno da aranha marrom e uma toxina no veneno da lagarta Lonomia, que também possui grande potencial farmacêutico. “Através de técnicas de Biologia Molecular estamos procurando produzir essas toxinas de maneira recombinante, ou seja, a partir de grandes quantidades de bactérias”, informa o professor.

“Tudo indica que também poderemos ter alguma coisa na área de anti-inflamatórios e talvez na de câncer. É provável ainda que cheguemos até os agentes anti-hipertensivos”, afirma. Veiga diz ainda que a literatura científica tem mostrado vários exemplos de resultados com sucesso nesta área. O Estado de São Paulo, em conjunto com a Fapesp, por exemplo, tem investido forte nesta área, assim como o Instituto Butantã, que já recebeu algo em torno de 10 dez milhões de reais para desenvolver projeto similar, lembra o professor

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