O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, disse hoje (17) que a vacina contra a gripe não elimina a circulação do vírus influenza no país e pediu à população que mantenha as medidas de prevenção à doença, como lavar as mãos com frequência e cobrir o rosto ao tossir ou espirrar.
A mensagem é dirigida principalmente à população que não faz parte dos chamados grupos prioritários da campanha de vacinação iniciada segunda-feira (15) em todo o país – gestantes, idosos com mais de 60 anos, crianças entre 6 meses e 2 anos, profissionais de saúde, índios, população carcerária e doentes crônicos.
“O vírus da gripe circula o ano inteiro. Haver casos e mortes é esperado. A Organização Mundial da Saúde [OMS] estima que há de 250 mil a 500 mil mortes por ano [no mundo] relacionadas à influenza. A vacina não impede a circulação do vírus.”
Jarbas ressaltou que as pessoas imunizadas contra a gripe em 2012 devem receber a vacina novamente este ano. “Ela dá uma proteção limitada, de dois a seis meses somente, e como o vírus da gripe se modifica muito, a gente tem vários subtipos circulando que podem ser completamente diferentes dos vírus do ano passado”, explicou.
O secretário lembrou ainda que, em 2012, 8% dos pacientes mortos pela gripe na Região Sul do país não receberam o medicamento oseltamivir nas primeiras 48 horas de tratamento. O índice, segundo ele, indica que 92% das vítimas não tiveram acesso ao remédio em momento oportuno.
“Os médicos não devem esperar exame ou esperar agravar [o quadro], principalmente em casos que têm como condição um doente crônico, uma gestante, uma pessoa com mais de 60 anos ou uma criança menor de 2 anos. Este é o protocolo do ministério: feito o diagnóstico clínico, o médico deve imediatamente utilizar o oseltamivir.”
Por fim, Jarbas convocou as pessoas que integram os chamados grupos de risco a procurar os postos de saúde no próximo sábado (20), quando a pasta realiza um dia de mobilização nacional contra a gripe.
O secretário disse que o objetivo da mobilização no sábado é facilitar o acesso das pessoas que trabalham e têm mais dificuldade de comparecer às unidades de saúde durante o período comercial. “Apesar de ter toda a próxima semana, até o dia 26, não vamos deixar para a última hora. Procure a unidade de saúde mais próxima da sua casa e vacine”, apelou.