União de medicamentos pode salvar pacientes com ataque cardíaco

Milhares de mortes podem ser prevenidas anualmente adotando uma terapia que une dois tipos de medicação para pacientes que sofreram um ataque cardíaco, segundo disseram pesquisadores nesta sexta-feira. Os medicamentos seriam a aspirina – ácido acetilsalicílico – e um antiagregante plaquetário, o clopidogrel – Plavix, nome comercial, da Sanofi-Aventis.

A aspirina é o tradicional tratamento de emergência, mas o médico Zheng-Ming Chen e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, verificaram que ministrar o clopidogrel conjuntamente pode salvar mais vidas. O clopidogrel é o quarto medicamento mais vendido no mundo.

Se a terapia com o clopidogrel for adotada precocemente nos hospitais a pelo menos um milhão dos dez milhões de pacientes que sofrem um ataque cardíaco anualmente, será possível prevenir, no mínimo, cinco mil mortes e cinco mil reincidências de infarto e derrame, segundo afirmou Zheng-Ming Chen na revista médica "The Lancet".

No estudo comparativo com placebo sobre o impacto da droga, os pesquisadores analisaram 45.800 pacientes que receberam tratamento para infarto em 1.250 hospitais na China.

Entre os pacientes que receberam 75 miligramas por dia do medicamento associado à aspirina ou à outra forma terapêutica durante quatro semanas, houve 7% menos casos de morte do que grupo que tomou placebo e 14% menos novos casos de infarto.

Essa pesquisa mostra que seria indicado adotar esta rotina no lugar de prescrever apenas aspirina. Pode ser um benefício modesto, porém vantajoso. E os dados mostram que é seguro – afirmou o pesquisador.

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