A tuberculose, ao contrário do que muitos pensam, não é uma doença considerada extinta no Brasil. Causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis) e bastante comum entre poetas, intelectuais e artistas no decorrer do século XIX e início do século XX, ela continua fazendo vítimas e mesmo levando à morte, se não tratada.
Segundo dados do Hospital Santa Lúcia, com sede em Brasília, cerca de 45 milhões de brasileiros estão infectados pela tuberculose, sendo que, em média, seis mil pessoas morrem da doença ao ano no País. No Paraná, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, foram verificados 2.833 casos de tuberculose em 2002 e 2.959 no ano passado.
No centro de saúde Doutor Sílvio Roberto Skraba, em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, atualmente estão em tratamento três pacientes de tuberculose, sendo uma criança e dois adultos. No ano passado, o local registrou apenas um caso da doença. “A tuberculose tem como porta de entrada os pulmões. Porém, pode se alastrar e atingir outros órgãos, como rins, olhos e ossos, gerando deficiências”, explica a auxiliar de enfermagem do centro de saúde, Neiva Machado Godk Nunes.
A doença é transmitida através do ar, pela tosse, espirro ou escarro da pessoa contaminada. Os sintomas são: tosse prolongada por mais de três semanas consecutivas, suor, febre que varia de 37,5 a 38 graus no período vespertino, emagrecimento e cansaço constante. “O tratamento da vítima de tuberculose é feito através de medicamentos de uso controlado por um período médio de seis meses”, explica Neiva. “A doença pode atingir pessoas de todas as idades e de ambos os sexos”.
Uma forma de evitar a tuberculose é não permanecer em ambientes fechados e de grande aglomeração de pessoas. Porém, a melhor forma de prevenção é através da vacina BCG. Esta é aplicada em dose única em crianças com menos de quatro anos de idade. Assim como os medicamentos utilizados no tratamento da doença, é fornecida gratuitamente em postos de saúde de todo o Estado.
