Tratamento da Hepatite C já pode durar a metade do tempo

A Agência Européia de Medicamentos ? EMEA ? acaba de aprovar o tratamento da Hepatite C com a combinação de alfapeginterferona 2b (PegIntronÒ ? com dose baseada no peso) e ribavirina em apenas 24 semanas (ao invés de 48 semanas), período que significa a metade do tempo ao indicado atualmente.

Esta nova possibilidade de estratégia de tratamento beneficiará pacientes infectados com genótipo 1 do vírus da hepatite C, que apresentam baixa quantidade de vírus no sangue (inferior a 600.000 IU/ml) e que atingem resposta virológica na 4ª semana. Ou seja, o vírus não é encontrado no sangue neste momento.

A decisão da EMEA baseou-se em recomendação do Comitê de Produtos Medicinais para Uso Humano (CHMP), que analisou um estudo com 235 pacientes com hepatite C, infectados com o genótipo 1 e baixa carga viral. Eles receberam por 24 semanas o tratamento com a combinação PegIntron (alfapeginterferona 2b) – com dose baseada no peso -, com Rebetol (ribavirina).

Em 41% dos pacientes o vírus da hepatite C não foi mais detectado no sangue, na quarta semana de tratamento. Destes pacientes, 92% apresentaram resposta virológica sustentada (permaneceram com o vírus indetectável) por mais 24 semanas após o tratamento.

O tratamento da hepatite C por 48 semanas é padrão em todo o mundo. Mas essa nova orientação poderá diminuir pela metade a duração da terapia, trazendo benefícios ao paciente e reduzindo os custos. Essa decisão da EMEA resultará na indicação desse tipo de tratamento aos 25 países da Comunidade Européia, Islândia, Noruega e posteriormente outros países, como o Brasil.

?Os resultados importantes deste estudo clínico com PegIntron e Rebetol refletem os esforços contínuos da Schering-Plough para definir dose e tratamentos mais adequados para grupos específicos de pacientes?, afirmou Robert J. Spiegel, diretor médico e vice-presidente do Schering-Plough Research Institute.

Hepatite C 

A Hepatite C Crônica é uma doença grave que quando não tratada pode evoluir para a cirrose hepática e hepatocarcinoma (câncer de fígado). Atualmente a hepatite C é a primeira causa dos transplantes realizados no Brasil. Estima-se que existam no mundo cerca de 200 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da Hepatite C. No Brasil as projeções indicam que existam entre 2 e 3 milhões de pessoas  infectadas.

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