O que é que a tomografia computadorizada (TC) tem a ver com os Beatles? Aparentemente, nada. A não ser pela descoberta do engenheiro inglês Godfrey Hounsfield, que em 1973 trabalhava em novo sistema de gravação da banda inglesa. Ele conseguiu fazer com que as notas musicais virassem imagens coloridas. Daí para utilizar o mesmo processo com os raios-x foi apenas mais um passo. Pronto! Estava disponível o exame mais utilizado até hoje para visualizar alterações ósseas, tumores ou inflamações.
A TC é um exame de raios X por computador, bem mais completo que a radiografia tradicional. O equipamento processa as informações obtidas e reconstrói artificialmente uma figura tridimensional dos órgãos. O tomógrafo produz imagens em alta resolução das diferentes estruturas do corpo examinadas, por meio das quais os médicos podem descobrir problemas em diversos órgãos.
As queixas podem variar de uma dor de cabeça insuportável a uma pontada incômoda no estômago. Para investigá-las, a TC é um dos métodos de primeira escolha, pois ajuda no diagnóstico de doenças do cérebro, abdome, tórax e coluna, entre outras regiões que não podem ser observadas no exame do consultório ou completamente investigadas por outros métodos diagnósticos. Ao surgir, a TC significou uma verdadeira revolução no campo do diagnóstico, tornando-o muito mais preciso e rápido.
Rápido e indolor
Na hora em que o exame for marcado, o paciente será informado se há necessidade de alguma preparação especial. O jejum, por exemplo, pode ser necessário no caso de ser administrada uma substância chamada de contraste e que ajuda a visualizar a região que será examinada. Todas as dúvidas devem ser resolvidas no momento em que o exame é marcado para que não haja problemas em sua execução. Um especialista deverá previamente informar ao paciente da necessidade ou não do uso de alguma substância.
Os pacientes que passarem pelo exame deverão informar se têm alergia a alguma substância, ou sobre problemas renais e diabete, entre outras doenças. Os especialistas dão a seguinte dica: pensar que se está sendo submetido a um dos exames considerados mais completos da área de diagnóstico por imagem e esquecer medos como os riscos de radiação, já que a quantidade é considerada mínima nesse exame. Não há possibilidade de dor ou sufocação, pois o exame de TC não dói e o equipamento não é fechado.
Como é o exame
– O paciente deita-se sobre a mesa de exames, que entra dentro de um túnel, onde são feitas as imagens dos órgãos. O exame demora em torno de cinco minutos, tempo em que o paciente deve ficar imóvel. Em alguns casos, o médico pedirá que o paciente encha o pulmão de ar e segure o fôlego por alguns segundos. Se for utilizado contraste, o paciente deve obedecer de quatro a seis horas de jejum completo.
– Percebendo as diferentes densidades – tecidos mais ou menos moles, água e ar, o computador vai construindo uma imagem. E, quanto mais densa for a estrutura, mais clara será sua cor.
– Após 20 minutos, o especialista terá uma série de imagens, em ângulos diferentes, que permitirá constatar alterações mínimas no organismo, como a presença de tumores.
– O exame é indolor. Em caso de contraste na veia o paciente poderá sentir calor no corpo, dor leve no local da picada, gosto ruim na boca, náuseas e vômitos.
– Caso tenha sido usado contraste, é recomendado beber água durante as primeiras horas após o exame, para ajudar na sua eliminação.