Técnicas ajudam casais a preservar a capacidade reprodutiva

Existe hora certa para ter filhos? Com certeza não, entretanto é fato que as dificuldades do casal para engravidar aumentam com o passar do tempo. As mulheres devem estar atentas à capacidade reprodutiva. Dados médicos mostram que a capacidade reprodutiva das mulheres entre 30 e 35 anos reduz de 15 a 20%. A possibilidade é ainda menor entre 35 e 39 anos, quando as chances caem de 25 a 50%, e entre 40 e 45 anos, que pode chegar a 95%.

Os homens também apresentam uma redução natural pelo envelhecimento, principalmente a partir dos 50 anos. "Eles podem ter a produção de espermatozóides reduzida pela andropausa, mas não é um fator de risco, pois o homem tem uma margem de segurança, já que produz milhões de espermatozóides", explica o andrologista Dr. Fernando Lorenzini, do Centro de Reprodução Humana Curitiba. "Os homens devem ter alguns cuidados com diabetes, hipertensão, estresse, calor constante na região escrotal, infecções ou alguma lesão da medula espinhal, causada por um acidente. Esses fatores podem afetar a produção de espermatozóides", aponta o especialista.

Além da capacidade reprodutiva, alguns casais acabam adiando a maternidade pelo corre-corre diário e pela busca por uma estabilidade financeira e profissional. A opção para os que sonham com seus próprios bebês, mesmo com as chances tão reduzidas, é buscar técnicas que preservem sua fertilidade. "Um diagnóstico negativo não significa a impossibilidade de se ter um filho, mas a necessidade de buscar ajuda especializada", explica o ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Ricardo Teodoro Beck, do Centro de Reprodução Humana Curitiba.

O Centro de Reprodução Humana Curitiba conta há 9 anos com a técnica conhecida como criopreservação, que é mais indicada para preservar o sêmen, e é pioneiro no Paraná na vitrificação, desenvolvida especialmente para congelar embriões e óvulos, que são menos resistentes que o sêmen. "Para a mulher é uma tentativa de preservar a longevidade da reprodução, principalmente para aquelas que perdem a capacidade reprodutiva", esclarece a bióloga do Centro de Reprodução Humana Curitiba, Elisângela Böhme. Essas técnicas de congelamento são procuradas por pacientes de ambos os sexos, que querem preservar sua fertilidade ao longo do tempo e preferem programar a hora de ter filhos. Pessoas em tratamento de câncer, que fazem procedimentos como quimioterapia e radioterapia que prejudicam a fertilidade, também buscam a técnica do congelamento.

A criopreservação e a vitrificação

A vitrificação é uma técnica na qual se faz um resfriamento rápido, não dando chance para a formação de cristais de gelo no interior das células, dessa forma reduz a perda do material. Já para o sêmen é utilizada a técnica básica da criopreservação, que consiste no congelamento gradual em nitrogênio líquido, que começa com a temperatura ambiente até ser totalmente congelado.

Depois de congelados, os materiais são guardados em contêineres de nitrogênio líquido, divididos em recipientes com paletas coloridas. "Em cada paleta é colocado o material do paciente separadamente, sempre nomeado e numerado. Além disso, o material congelado pode ser mantido por tempo indeterminado, sem perigo de ser danificado", ressalta a bióloga.

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