Estudo realizado pela Universidade do Tennessee concluiu que síndrome de ovários policísticos está intimamente ligada à síndrome de resistência à insulina. O estudo, publicado no Journal of the American Academy Physician Assistants (JAAPA), também mostrou que o uso de sensibilizadores de insulina, como a rosiglitazona, induzem a ovulação em mulheres com a doença, principalmente as obesas ou com sobrepeso.
A síndrome dos ovários policísticos atinge 5% a 7% da população feminina adulta em fase reprodutiva e é responsável por infertilidade, alterações menstruais hormonais e estéticas como ganho de peso e aumento do crescimento de pelos. Quando a paciente é obesa, a situação é ainda mais crítica já que quanto mais obesa, maior é a resistência à insulina. Além disso, essas pacientes correm maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, aumento do colesterol, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Este ano, a rosiglitazona, comercializada com nome de Avandia, deve ser aprovada para o tratamento da síndrome do ovário de ovários policísticos. Esta será a primeira aprovação de terapia não hormonal para o tratamento da doença. Avandia, além de corrigir ou melhorar em 60% das mulheres as complicações causadas pela doença, ainda previne o diabetes neste grupo de pacientes. Atualmente, o medicamento é utilizado no tratamento do diabetes tipo 2, atuando muito além do simples controle glicêmico como na prevenção de complicações cardiovasculares recorrentes da doença.
O tratamento habitual, com agentes hormonais, provoca alterações de humor, nem sempre funciona de maneira eficaz e pode favorecer o surgimento de câncer de mama e colo do útero. A metformina, associada a dieta e exercícios, também vem sendo utilizada por sua ação indireta na sinalização insulínica mas seu efeito é limitado na maioria dos casos. A pesquisa foi conduzida pelos especialistas Raymond W. Ke e William H. Kutteh da Divisão de Ginecologia Reprodutiva do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia a universidade do Tennessee
