A cardiologia e a cirurgia cardiológica são especialidades médicas que tiveram um progresso muito rápido tanto no Brasil, quanto no mundo. Os procedimentos cirúrgicos, por exemplo, começaram a ser realizados na década de 50 e, em poucos anos, tornaram-se terapêuticas.
O assunto foi discutido ontem no 1.º Simpósio de Cardiologia do Hospital Pilar, que teve como tema Os Avanços Atuais nas Emergências do Coração, e foi realizado em Curitiba. Atualmente, no Brasil, são realizadas cerca de 65 mil cirurgias cardíacas por ano, sendo que 50% delas são de coronária. No que diz respeito aos transplantes, são entre 200 e 210 a cada ano. O número é considerado baixo, sendo que nos Estados Unidos são cerca de 2200 anuais.
?O Paraná é o terceiro estado brasileiro que mais realiza cirurgias cardíacas, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais, passando à frente do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Também se destaca pelas técnicas desenvolvidas e pelo empenho de grupos de cardiologistas e cirurgiões?, comenta o cirurgião cardíaco do Hospital Pilar, Victor Bauer Júnior.
Noedir: ?Muitas pesquisas?. |
Segundo o professor de cirurgia cardiovascular e diretor da divisão cirúrgica do Incor, de São Paulo, Noedir Groppo Stolf, o futuro da cardiologia está na terapia celular ou no transplante de células. ?Este é um campo que tem mobilizado recursos e pesquisas em todo mundo. Ainda está em fase experimental, tendo problemas que ainda estão sendo estudados em nível nacional e internacional. Porém, vem representando um dos principais avanços na área da cardiologia?, afirma.
As células utilizadas na terapia são indiferenciadas (podem se diferenciar em qualquer tipo de célula). Elas podem ser retiradas da medula óssea e do músculo esquelético, sendo utilizadas para tratar diversos tipos de enfermidades, principalmente doenças das artérias coronárias.
Prevenção
Apesar de todos os avanços tecnológicos, os profissionais destacam que quando se fala em cardiologia, não se pode esquecer da influência do estilo de vida na saúde do coração. ?Uma dieta saudável, exercícios físicos e o não fumo são essenciais para a manutenção da saúde cardíaca?, declara o diretor da unidade de ateroesclerose do Incor, Protásio Lemos da Luz.