Funcionários internacionais advertiram nesta quinta-feira (8) que 10% do mercado mundial de medicamentos são falsificados. A cifra ascende a 20% nos países mais pobres, o que é considerado um "grave flagelo" por especialistas que participam em Buenos Aires da "Conferência sobre a Luta contra a Falsificação e a Pirataria". O alarme foi dado pelo representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Argentina, José Luis Castro, a diretora geral da Aduana do Brasil, Clecy Busato Lionco, e o especialista da Interpol para a América Latina, Roberto Manriquez Carrasco.
Castro disse que "se a tendência dos remédios falsificados for mantida, em 2010 o valor total das vendas destes medicamentos chegaria a US$ 75 bilhões". O combate da falsificação de medicamentos é uma das prioridades da OMS, segundo Castro.
O fato destes medicamentos não contarem com "nenhuma garantia de segurança" faz com que nos países desenvolvidos "sejam mais comercializados antibióticos, hormônios e esteróides, enquanto que nos países mais pobres ou em via de desenvolvimento, a falsificação funciona em remédios para doenças mortais como malária, tuberculose, aids e câncer", disse o representante da OMS.
