Foto: Cesar Brustolin
Desde 1986, o Paraná não
registra casos da doença.

Todas as crianças menores de cinco anos devem tomar a gotinhas da vacina antipólio neste sábado, 5 de junho, primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A meta da campanha em Curitiba é vacinar 136.069 crianças. A abertura da campanha será na Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, às 10h30. A vacina estará disponível das 8h às 17h em 265 postos de vacinação.

Três mil pessoas vão trabalhar na vacinação. A Secretaria Municipal da Saúde disponibilizará 250 mil doses da vacina. A segunda etapa da campanha será em agosto. Em junho de 2003, foram vacinadas em Curitiba 133.944 crianças menores de cinco anos; em agosto, 133.016. A cobertura vacinal foi respectivamente de 99.1% e 98.4%, somando as residentes no município e as que vieram da Região Metropolitana.

As crianças poderão ser vacinadas nas unidades de saúde, escolas, creches, supermercados, shoppings, terminais de ônibus e na Boca Maldita. Os pais devem levar a carteira de vacinação dos filhos para que, se for necessário, a criança possa completar seu esquema de vacinação. As vacinas de rotina e contra a Hepatite B só estarão disponíveis nas unidades municipais de saúde.

O Brasil não registra casos da doença há 15 anos. No Paraná, o último caso ocorreu em 1986; em Curitiba, em 1985. As campanhas nacionais continuam para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite e permitir que o país consiga em 2005 o Certificado Mundial da Erradicação do Poliovírus. A ameaça de reintrodução do vírus existe porque a pólio ainda está presente em vários países.

A pólio ainda ocorre na Índia, Nigéria, Paquistão, Egito, Afeganistão e Niger. “Por isso a importância das campanhas nacionais e de vacinação de rotina, com altas coberturas vacinais”, diz a diretora do Centro de Epidemiologia, médica Karin Luhm. Ela explica que a pólio estará erradicada quando o poliovírus não encontrar mais seu hospedeiro humano, o que ocorre com a vacinação.

“As campanhas nacionais são importantes porque vacinam em massa uma parcela definida da população, as crianças menores de cinco anos, num espaço limitado de tempo, permitindo uma maior cobertura vacinal”, acrescenta a médica. Segundo Karin, a vacinação em massa também provoca a dispersão de vírus vivos no ambiente, através dos vacinados, oferecendo uma proteção ainda maior à comunidade.

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