Risco de meningite aumenta no inverno

A chegada do frio deixa em alerta autoridades da saúde e a população. É nesta época do ano, quando as temperaturas caem, que aumenta a incidência de meningite, especialmente a meningocócica, causada pela bactéria meningococo.

 

Desde o início do ano, já foram registrados no Paraná 35 casos e sete mortes. A maior parte das ocorrências foi em Curitiba, com 25 casos e quatros mortes. Os dados são da Secretaria Estadual da Saúde, que contabilizou no ano passado 206 casos de meningite meningocócica e 41 mortes. Incluindo todos os tipos de meningite ? causadas por bactérias, vírus, parasitas, fungos, entre outros ?, o número salta para 3.128 casos no Paraná no ano passado, com 206 mortes. A meningite tem notificação obrigatória.

“A nossa preocupação maior é com possível surto ou epidemia”, diz a enfermeira e sanitarista Nilce Haida, responsável pela divisão de doenças imunopreviníveis da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo Nilce, a meningite meningocócica pode ocorrer em qualquer época do ano, mas é no inverno que se alastra. “O frio faz com que pessoas se aglomerem. Se houver um portador da doença ele pode passar para crianças”, alerta Nilce. Crianças de até 4 anos de idade ? especialmente até 2 ? são as mais sujeitas a contrair a doença, já que o sistema imunológico ainda está em formação.

A meningite é uma doença infecciosa caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro. Passa de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva expelidas durante a fala, a tosse, o espirro. Mas não é apenas por meio do contato com o doente que se contrai a meningite. Cerca de 30% das pessoas com idade entre 14 e 18 anos são portadoras saudáveis do meningococo e podem transmiti-lo.

Orientações

Para evitar a doença, Nilce Haida orienta que se mantenha o ambiente bem arejado, com circulação de ar. “Isso não significa deixar a janela da casa toda aberta, o que poderia causar uma gripe ou até pneumonia. Basta deixar uma fresta”, ressalva. Ela orienta também que se fique atento aos sintomas da doença – febre, dor de cabeça, vômito, rigidez da nuca (dificuldade de encostar o queixo no peito). Já em bebês os sintomas são febre, irritabilidade (choro contínuo), sonolência, vômito, deixam de mamar, fontanela (moleira) abaulada.

No caso da meningite meningocócica, Nilce alerta para o surgimento de manchas pelo corpo, como hematomas e lesões. “Quem apresentar estes sintomas devem procurar os médicos o mais rápido possível”, alerta. A enfermeira chama a atenção para a automedicação, que pode até piorar o caso. Doenças mau tratadas, como otite, sinusite, infecção urinária, também podem levar ao surgimento da meningite. O tratamento é feito com antibióticos.

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