As crianças expostas à fumaça de cigarro possuem três vezes mais riscos de desenvolver câncer de pulmão em sua fase adulta que aquelas que crescem em ambiente livre do tabaco, segundo um novo estudo científico publicado na Grã-Bretanha.

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De acordo com uma pesquisa de especialistas do Imperial College de Londres, existe uma relação "significativa" entre o câncer de pulmão e os fumantes passivos. Para os cientistas britânicos, a fumaça do tabaco pode ter conseqüências fatais para as crianças que crescem nesse meio.

A pesquisa, publicada no "British Medical Journal", foi realizada durante sete anos, após analisar a evolução de 123 mil pessoas, todas elas expostas à fumaça do cigarro durante a infância.

No trabalho, os médicos concluíram, além disso, que os ex-fumantes "têm o dobro de possibilidades de contrair doenças respiratórias por sua exposição à fumaça do cigarro em relação àqueles que não fumaram nunca, pois seus pulmões já estão afetados".

Para o chefe do projeto de pesquisa, o inglês Robert West, a atitude da sociedade em relação ao fumo passivo "deve mudar urgentemente".

"Hoje se reconhece o direito dos não fumantes a não ficarem expostos aos elementos cancerígenos, mas não fazemos o suficiente para proteger os mais vulneráveis, que são as crianças", afirmou o cientista.

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