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A síndrome do respirador bucal é uma doença que atinge cerca de 30% das crianças. Ela caracteriza-se pela respiração feita pela boca e provoca vários problemas, como a deformidade da face – com alteração na arcada dentária -, mudança na fala, além de provocar maior suscetibilidade para gripes e inflamações da garganta e ouvido. Na maioria dos casos uma simples cirurgia é a solução para acabar com o problema.

A patologia foi tema de um fórum realizado ontem, em Curitiba. O evento contou com a participação de profissionais do Centro do Respirador Bucal, que é um projeto desenvolvido pela Escola Paulista de Medicina (SP). De acordo com o chefe do Serviço de Otorrinolaringologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marcos Mocellin, o objetivo do evento foi discutir com os profissionais os avanços que vêm sendo obtidos para o tratamento da doença.

Entre as principais causas da síndrome, explica Mocellin, estão o aumento da adenóide (tecido que fica entre o nariz e a garganta), alergias, desvio do septo nasal (parede que divide as fossas nasais), e aumento da amígdala, que provoca o fechamento do fluxo do ar entre a garganta e o nariz.

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Entre as principais conseqüências da doença estão a deformidade da fase, com grande influência na arcada dentária. Além disso, pode provocar distúrbios do sono, como a apnéia (quando há uma interrupção da respiração por mais de dez segundos), e interferir no crescimento. “Como a criança não dorme direito, isso também pode interferir na sua concentração, ou provocar grande agitação”, comentou Mocellin.

Segundo o médico, os pais precisam ficar atentos ao comportamento dos filhos durante o sono. Os indícios mais comuns da doença são dormir com a boca aberta e conseqüente respiração bucal, ronco e baba no travesseiro. “Se identificado o problema, o mais indicado é procurar um profissional para iniciar o tratamento”, finalizou.

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