“Ratos” de academia sofrem mais lesões

Com a chegada dos dias mais frios é a vez das quadras poliesportivas cobertas e academias de ginástica receberem mais e mais pessoas dispostas a manter a forma física, abandonar o sedentarismo ou perder peso. De acordo com o ortopedista Lafayette Lage, todos que passam algum tempo afastados dos esportes devem receber orientação médica antes de voltar à ativa. O alerta serve também para as pessoas que treinavam excessivamente, mas deram um tempo até resolverem voltar às atividades. Os ?ratos? de academia precisam saber que as chances de sofrer uma lesão são altíssimas.

As lesões são causadas tanto por exercícios de curta duração e alta intensidade, quanto por exercícios de longa duração e baixa intensidade. É muito comum, principalmente os jovens, se animarem e perderem a noção do tempo enquanto praticam esportes. Com efeito, o supertreinamento, pode lesar todas as partes moles do corpo, como ligamentos, tendões e músculos.

A melhor maneira de prevenir entorses, distensões, contusões e tantos outros problemas do gênero é evitar o aumento do número de dias por semana em que se pratica esportes (volume de treinamento) e a intensidade dos exercícios.

Lage utiliza rotineiramente a regra dos 10%, sugerindo ao praticante não aumentar a intensidade ou a duração do treinamento além desse percentual. Por exemplo, uma pessoa que corre 30 quilômetros por semana pode aumentar sua distância na semana seguinte em três quilômetros, passando a correr 33 e obedecendo a um limite previamente estabelecido. O ortopedista também chama atenção para outros fatores que provocam lesões de supertreinamento, como o desequilíbrio muscular, calçados inadequados, tipo de piso, má alimentação e até a posição em que a pessoa está acostumada a dormir.

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