A Secretaria Municipal da Saúde promove nesta quinta-feira (21) uma oficina de implantação e implementação dos instrumentos de registro do programa de controle da tuberculose. O curso é uma iniciativa do Ministério da Saúde e destinado a gestores e profissionais da área de saúde responsáveis pelo programa de controle da tuberculose nas unidades de saúde e nos distritos sanitários.

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As palestras serão feitas pela enfermeira Ana Lourdes Pereira da Silva Melo, do programa de controle de tuberculose de Goiás; Lúcia Cadilhe, mestra em educação do Centro de Referência Hélio Fraga (Rio de Janeiro); e Maria Cândida Motta Assis, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Os trabalhos começarão às 8 horas, no auditório do Núcleo de Educação, da Secretaria Municipal de Educação.

O instrumento de registro é um livro no qual deverão ser anotados os casos sintomáticos respiratórios – pessoas com tosse há duas semanas ou mais. Com este instrumento, que está sendo implantado em todo país, o Ministério da Saúde terá condições de ter um quadro real sobre a porcentagem de sintomáticos respiratórios na população, quantas investigações de possíveis casos de tuberculose estão sendo feitas e os reais índices de positividade entre os casos rastreados.

Outro ponto que será enfatizado no curso será o tratamento supervisionado, como estratégia de sucesso no controle da tuberculose, com visitas domiciliares dos agentes de saúde e o estímulo para que o paciente siga rigorosamente o tratamento.

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Em Curitiba, a média histórica é de 500 novos casos por ano. De janeiro a agosto de 2005 foram registrados 281 casos. Nos últimos anos, em função do atendimento precoce, a situação de cura subiu de 71% (2004) para 76% (2005). "Estamos caminhando para o índice determinado pela Organização Mundial de Saúde, que é de 85%. Estas novas estratégias vão auxiliar a elevar a situação de cura no município", disse a responsável técnica do programa municipal de combate à tuberculose, Elizabeth Wistuba.

Suspeitas

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O quadro suspeito de tuberculose inclui tosse constante de duas a três semanas, cansaço, dores no peito, suor à noite e falta de apetite. Pessoas com estes sintomas colhem material (escarro) e iniciam o tratamento na própria unidade de saúde..

O resultado do exame sai em 24 horas e o tratamento gratuito dura seis meses. O tratamento começa logo após o resultado do exame e não deve ser interrompido. Caso contrário, a bactéria (bacilo de Koch) se fortalece. Nestes casos, o tempo de tratamento pode chegar a 18 meses e os custos do tratamento aumentam em até 10 vezes.

O esquema 1, para tratamento inicial, tem custo estimado em U$ 100/paciente e usa medicamentos produzidos por laboratórios oficiais nacionais. Já nos esquemas para as formas mais resistentes, para pacientes que interromperam o tratamento, o custo sobe para até U$ 1.000, devido à importação dos antibióticos.

Entre os mais afetados pela tuberculose estão homens entre 25 e 45 anos. Destes, são mais suscetíveis aqueles com baixo nível sócio-econômico, subnutridos com agravos de alcoolismo, drogadição e HIV.

O paciente com exame de escarro positivo faz ainda exames de raio X para completar o acompanhamento. Mesmo sendo um tratamento longo, em torno de seis meses para pacientes iniciais, ele não pode ser interrompido. Depois de duas semanas do início da medicação, o risco de transmissão é quase nulo.