No Paraná, as pesquisas em medicina regenerativa ganharam um importante impulso com a inauguração do Centro de Pesquisas de Células-Tronco na área de cardiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Com investimentos públicos e privados, a unidade começa já está iniciando três braços de estudos e ligadas cientificamente a três áreas de fomento de pesquisa. O professor doutor Danton Rocha Loures, cardiologista do Hospital Pilar e coordenador do projeto explica que os primeiro estudos se referem ao emprego de células-tronco da medula óssea para as cardiomiopatias dilatadas idiopáticas, um deles, fazendo parte de uma pesquisa com alcance nacional. Outro diz respeito à aplicação da técnica em pacientes com insuficiência coronária crônica com história de infartos anteriores, com a aplicação de células-tronco adultas, retiradas da medula óssea e aplicadas diretamente nas áreas já enfartadas do músculo do coração.
A célula-tronco adulta pode ser encontrada em várias partes do corpo humano, como na medula óssea, fêmur, ossos da bacia, além disso, pode ser extraída do cordão umbilical, fígado, liquido amniótico, pele, polpa dentária, etc. Ela têm capacidade de replicação (formam novas células semelhantes à matriz) e de diferenciação (capacidade de formar 220 tipos diferentes de células e que irão formar todos os tecidos e órgãos do corpo humano).
O coordenador conta que, no centro de pesquisas recém inaugurado já foi realizado, com sucesso, o primeiro procedimento de implante de células-tronco adulta. O paciente será acompanhado ambulatorialmente e controlado com exames ao completar um, três, seis e doze meses. O grupo de trabalho, formado por 30 pesquisadores, fará o controle por meio de avaliações clínicas e laboratoriais, informando os resultados e benefícios do uso da técnica.
A princípio, serão estudados 30 pacientes em cada grupo de estudos. Os médicos cardiologistas que tiverem interesse em acompanhá-los poderão obter informações no Ambulatório SAM 7 do Hospital de Clínicas.
