Na data em que se combate o uso do tabagismo, dia 29 de agosto é importante lembrar que o fumo é responsável por grande parte dos casos de câncer, entre eles o câncer de bexiga. ?Várias substâncias estão vinculadas à neoplasia, porém os fumantes têm duas a quatro vezes mais chance de desenvolver a doença que os não fumantes. Entretanto, campanhas anti-tabagismo não fazem a associação entre o cigarro e a doença?, explica o urologista, Dr. Danilo Romanel Batista.
O câncer de bexiga é o quarto tipo de câncer mais comum em homens – é a segunda neoplasia urogenital depois da próstata e o oitavo câncer mais prevalente nas mulheres. Estima-se que 50% dos casos em homens são ligados ao fumo e 35% dos casos em mulheres, sendo 8.600 novos casos ao ano. É mais freqüente em homens, porém acomete ambos os sexos geralmente a partir dos 50 anos.
A neoplasia se desenvolve a partir da multiplicação rápida de células deficientes na parede interna do órgão. A presença de hematúria (sangue na urina) geralmente é o primeiro sintoma que leva o paciente ao urologista. O emagrecimento pode indicar sinal de doença avançada. Para o urologista, Romanel Batista, outros sintomas também devem ser observados, como por exemplo: ardência miccional, aumento na freqüência urinária e dor vesical. ?A identificação com antecedência aumenta substancialmente as chances de sucesso no tratamento. Entretanto a demora na busca por um diagnóstico só tende agravar a situação, em casos avançados é necessário a retirado do órgão?, alerta o especialista.
Diagnóstico
Após avaliação dos sintomas e exame físico, o médico solicitará exames de urina, ecografia, para confirmar a suspeita, o diagnóstico é feito com a biópsia da lesão que comprove o tumor.
Tratamento
O tratamento dos tumores vesicais é um dos mais complexos, pois as variáveis são muitas. Existem várias opções de tratamento para o câncer de bexiga. Uma combinação de diferentes terapias incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia biológica podem ser indicadas pelo médico especialista dependendo do estágio e tipo de tumor. Porém, graças ao diagnóstico e a tratamentos efetivo das lesões, a sobrevida dos portadores do câncer de bexiga tem aumentado substancialmente nas últimas três décadas.
