No Verão, o perigo não chega exclusivamente com as ondas do mar. Também as piscinas te má seus riscos, sobretudo para as crianças.
Boa parte das pessoas, por não enxergarem alguns “bichinhos”, ignora os microorganismos que habitam o mundo aquático.
No entanto, existem muitos germes e parasitas inimigos da saúde nessas águas paradas.
Mesmo que as pessoas não consigam enxergá-los, eles estão lá e podem causar infecções, além outros graves problemas que perturbam o sono de muita gente.
Um dos locais em que eles mais se proliferam são as piscinas malcuidadas, principalmente aquelas que servem para diversas atividades, como natação, esportes aquáticos e hidroginástica, entre outras. Isso quer dizer que nem sempre uma piscina com água transparente está isenta dessas criaturinhas que nos trazem graves incômodos.
O dermatologista João Roberto Maldonado diz que é na estação mais quente que os cuidados devem ser redobrados, pois as pessoas passam mais tempo com o corpo úmido – um chamariz para a incidência de infecções. “Por isso, é importante verificar o estado geral da piscina e a pureza da água para utilizá-la em cem por cento”, atesta.
De acordo com o médico, nadar em piscinas que não recebem tratamento adequado pode gerar inconvenientes, como doenças de pele até infecções intestinais.
Dentre as doenças transmitidas por água imprópria estão as micoses, as infecções bacterianas de pele e até verrugas. “Outras doenças, como conjuntivite e verminose também podem ser transmitidas na água”, explica o dermatologista.
Segundo a médica, é importante não ficar com roupas de banho molhadas ao sair da piscina. “A pessoa deve ter sempre uma roupa seca para trocar após cada mergulho para evitar problemas de saúde.”
Materiais orgânicos
O especialista em manutenção de piscinas Ezequias Andrade da Luz explica que, além da desinfecção, é importante tratar a água das piscinas por outros motivos, como manter a beleza e cristalinidade, evitar a proliferação de algas e eliminar odores desagradáveis, além de destruir e remover materiais orgânicos e inorgânicos, que contaminam a água, como, por exemplo, poeira, folhas, insetos, resquícios de bronzeadores ou bloqueadores, urina e suor.
“Piscinas com alta frequência e uso contínuo, como as de clubes e escolas de natação, devem ser tratadas de forma diferenciada não só no que se refere à escolha do composto clorado, como também à forma e dosagem com que esses produtos serão aplicados”, avisa o consultor.
As piscinas ao ar livre estão sujeitas à contaminação devido à chuva, aos insetos e à poeira. Sem contar a volatilização do cloro, que se perde pela ação do sol. Esta perda de proteção, aliada às chuvas repentinas, podem acarretar variações bruscas na qualidade da água.
Também as águas aquecidas devem ser tratadas de forma diferenciada daquelas sem aquecimento, pois favorecem a proliferação dos microorganismos, devido, principalmente, ao aumento da produção de suor dos banhistas, elevando a carga de matéria orgânica na água.
Após a correta verificação das características específicas da piscina a ser tratada pode-se escolher os produtos adequados e que proporcionarão resultados mais eficientes, maior segurança e economia.
Doenças mais comuns
* Infecção intestinal
* Conjuntivite
* Pé de atleta
* Micoses da unha
* Foliculite
* Verrugas
* Impetigo
*Verminose
* Molusco contagioso
Cuidado com as crianças
* Nunca deixe a criança sozinha na piscina, mesmo nas mais rasas
* Não permita que as crianças nadem em locais onde a profundidade é incerta
* Não deixe brinquedos ou bóias dentro ou perto da borda da piscina
* Utilize proteções para a superfície da piscina quando ela não estiver sendo usada
* Mantenha a água limpa e sem impurez,as
* Antes que caiam na água, lembre-se de fazê-los passar pelo chuveiro e pelo lava-pés
* Não esqueça o uso obrigatório de chinelos na área da piscina e vestiários
* Nunca os deixe beber água da piscina
* Se estiverem com alguma doença, procure outra brincadeira
* Leve-os para fazer xixi antes de entrar na água
* Depois da piscina, faça-os tomar banho com sabonete