Pílula de emergência em dose única evita risco de esquecimento

A Libbs Farmacêutica, laboratório de capital 100% nacional, lança este mês a pílula de emergência, conhecida popularmente como ?pílula do dia seguinte?, para ingestão em dose única. O PozatoUni é composto por 1,5 mg de levonorgestrel, hormônio sintético que impede, depois de uma relação sexual desprotegida, ou quando há falha do método contraceptivo utilizado, que ocorra uma gravidez não planejada.

?A nova apresentação simplifica a administração do tratamento, sem aumentar os efeitos colaterais, além de eliminar o risco de esquecimento ou retardo da tomada da segunda dose do medicamento?, afirma o Dr. Rogério Bonassi Machado, médico ginecologista e chefe do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

Os contraceptivos de emergência convencionais são apresentados em duas pílulas, sendo que a primeira deve ser tomada nas primeiras 72 horas após o sexo desprotegido e a segunda 12 horas após a ingestão da primeira. O novo produto, por sua vez, tem apenas um comprimido que deve ser tomado até 72 horas após a relação sexual desprotegida.

Resultados de um estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde, com mais de 4 mil mulheres e que comparou os regimes de contracepção de emergência em dose única e fracionada, demonstraram que a dose única de 1,5 mg de levonorgestrel é tão eficaz quanto a dose fracionada.

O Dr. Rogério Bonassi acrescenta que ?em ambos os regimes, a eficácia do método varia com o momento da ingestão em relação ao coito desprotegido, sendo mais eficaz, quanto mais precoce for sua utilização?. O mesmo estudo avaliou a incidência de efeitos adversos nos dois regimes e concluiu que a dose única apresenta taxas semelhantes à dose fracionada.

O levonorgestrel age de várias maneiras, dependendo do momento do ciclo menstrual em que ele é administrado: prolonga o ciclo menstrual, bloqueia ou retarda a ovulação, inibe a produção de hormônios responsáveis pelas condições ideais de gestação, torna o endométrio inadequado à implantação do óvulo e, também, torna espesso o muco cervical, impossibilitando que os espermatozóides migrem através do canal cervical, para fecundar o óvulo nas trompas.

?É importante enfatizar que a pílula de emergência é um método contraceptivo alternativo e não deve substituir os métodos anticoncepcionais de uso regular?, diz o Dr. Rogério. ?E, no caso de a menstruação não ocorrer após três semanas da relação sexual, a paciente deve consultar um médico para avaliar a possibilidade de gravidez. No entanto, o uso do contraceptivo de emergência não oferece risco para a saúde da mãe ou do feto, caso aconteça a gravidez?, esclarece o especialista. Acesse mais informações sobre contracepção no site www.sabermulher.com.br.

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