Uma pesquisa feita pelo oftalmologista Dr. Rubens Camargo Siqueira sobre problemas oculares provocados pela dengue confirmou que casos críticos da doença podem levar o paciente à cegueira. O resultado da pesquisa foi publicado na revista inglesa ?Ocular Immunology and Inflammation?. Também participaram do trabalho os médicos Newton Vitral, Wesley Campos, Fernando Oréfice e Luiz Tadeu de Moraes Figueiredo.

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A publicação foi considerada uma das 3 mais importantes novidades da área, pois até então a comunidade médica mundial ainda não tinha conhecimento destes riscos. A pesquisa foi feita com uma paciente mineira com perda visual provocada pela doença.

Segundo o Dr. Rubens Camargo Siqueira, especialista em retina, existem quatro tipos diferentes de sorotipos do vírus do dengue, denominados dengue 1, 2, 3 e 4. Os casos de dengue hemorrágico ocorrem mais freqüentemente quando o paciente é acometido pela segunda vez da doença, mas com exposição a diferentes sorotipos da doença. Nestes casos, depois de um período de febre o paciente piora repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória, apresentando pele manchada e fria, lábios azulados e, em casos graves, diminuição da pressão do pulso. A pesquisa comprovou que estas hemorragias, que normalmente ocorrem a partir do sétimo dia da doença, podem afetar a retina, camada de células nervosas que fica no fundo do olho e transmite as imagens para o cérebro. Em casos mais graves as hemorragias podem comprometer a visão irremediavelmente, levando à cegueira.

Por isso o Dr. Rubens alerta para a necessidade de que as pessoas com dengue procurem um oftalmologista no máximo sete dias após o surgimento da doença. Desde que sejam comprovadas no início as alterações na retina podem ser tratadas com remédios ou aplicações de raios laser. É importante lembrar que as alterações oculares provocadas pela dengue não são visíveis na parte de fora do olho. Podem ser detectadas somente por um especialista.

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