A Prefeitura de Curitiba e o Hospital Infantil Pequeno Príncipe lançaram uma campanha de conscientização sobre a fibrose cística, como forma de oferecer às crianças portadoras da doença melhor qualidade de vida, por intermédio do diagnóstico precoce e tratamento adequado. A campanha consiste em um folder e uma cartilha com informações para identificar a fibrose cística e enisnar como conviver com o portador da doença.
O material educativo será distribuído em 971 espaços de educação da cidade – incluindo escolas e creches municipais, Faróis do Saber e Unidades Piá -, nos oito distritos sanitários ligados à Secretaria Municipal da Saúde e nas 24 entidades filiadas à Associação Brasileira de Mucoviscidose. O lançamento da campanha marca as comemorações do Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, que ocorrerá em 5 de setembro.
“Esse trabalho de conscientização é um exemplo de como a sociedade, unida, deve buscar cada vez a promoção à saúde”, disse a secretária municipal da Saúde, Edimara Seegmuller, em nome do prefeito Cassio Taniguchi. O coordenador da campanha, o pneumologista Paulo Kussek, afirmou que essa ação será uma corrente multiplicadora de informações que começará com os educadores e será levada pelas crianças até as famílias.
A fibrose cística é uma doença hereditária não contagiosa, mas que não tem cura. Os portadores da doença têm reduzida a quantidade de água da secreção dos brônquios (canais que se ramificam nos pulmões), o que a torna espessa e, portanto, mais aderente às paredes brônquicas. Isto acaba comprometendo a limpeza desses canais e facilitando a ocorrência de infecções no aparelho respiratório.
A fibrose cística pode provocar ainda o bloqueio dos dutos do pâncreas, impedindo a chegada das enzimas digestivas aos intestinos. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que no Brasil 1,5 mil pessoas sejam portadores de fibrose cística. A proporção é de uma criança doente para cada 10 mil nascidas vivas. A doença é diagnosticada através do teste do pezinho e confirmada através do teste de suor.
Os sintomas mais comuns da doença são: tosse, catarro, chiado no peito, diarréia crônica, diminuição de peso e suor mais salgado do que o normal, o que pode ser identificado através de um beijo. Os portadores de fibrose cística precisam de cuidados especiais com a alimentação. Pela dificuldade de absorção de alguns nutrientes, precisam de cerca de 30% a mais de calorias do que uma criança normal. Além disso, precisam da ingestão de muito líquido.
