Pensamento positivo intensifica a cura

“Buscar um médico para investigar a doença que lhe aflige. Comprar o medicamento por ele receitado e seguir o tratamento indicado.

Talvez, na maioria dos casos, só isso já baste. No entanto, muitos estudos mostram que a ação de um remédio vai muito além da atuação do seu princípio ativo no organismo.

Cada vez se reconhece a força mental no auxílio ao tratamento e cura de das mais diversas doenças.

São inúmeras as histórias de pessoas que apresentam uma evolução inesperada ao, simplesmente, acreditar na cura. Os médicos denominam este fenômeno de “efeito placebo”.

Este efeito vem ganhando cada vez mais atenção da comunidade científica e diversos estudos já comprovaram que é realmente efetivo. Tudo porque o paciente, ao acreditar ou “botar fé” que o tratamento vai funcionar, favorece uma série de reações em seu organismo capazes de minimizar dores e melhorar a resposta do sistema imunológico.

Estudos realizados em diversas áreas sugerem uma explicação: a expectativa de se sentir melhor aumenta no cérebro a liberação de dopamina, neurotransmissor associado ao prazer e bem-estar.

Alguns estudos apontam para a redução do hormônio cortisol como explicação: este hormônio é liberado em situação de estresse e inibe o funcionamento das defesas do organismo.

Convergência

A associação da observação intuitiva, uma das principais características da medicina holística, com o conhecimento científico desenvolvido pelas técnicas médicas que já conhecemos, vão convergindo cada vez mais em benefício da saúde e do bem-estar dos pacientes.

Um número significativo de adeptos dessa nova maneira de cuidar da saúde da população está espalhado por várias especialidades médicas, utilizando diversos tipos de técnicas como ferramenta para entender o ser humano em sua vasta extensão. Esses médicos não investigam apenas as enfermidades que o corpo apresenta, mas, também, procuram entender melhor a mente e o espírito desses pacientes.

O oncologista Gyl Ramos acredita que se pode entender o ser humano como formado por centros de energia que influenciam em sua saúde. “Emoções como raiva, insatisfação e medo estão estreitamente relacionadas a esses centros”, diz.

Conforme o médico, eles liberam uma substância chamada cortisol, que, ao contrário da adrenalina (uma substância que tem ação intensa e imediata), ao ser liberada de forma contínua e em menores quantidades pode desencadear vários tipos de doenças.

A tendência da medicina, no entender do médico, é combinar a medicina holística com a tradicional, agregando fatores que a ciência tem limites para explicar. “O estresse é um deles”, comenta o médico.

Mesmo investigando-se as suas conseqüências, a ciência ainda se vê restrita a dar explicações de como o distúrbio atua detalhadamente no cérebro. Já a medicina holística explica que o estresse estimula a liberação de substâncias que se tornam fatores responsáveis pelo desencadeamento de outras diversas doenças.

Porém, tomar consciência desses acontecimentos é o pontapé inicial para evitar o surgimento de patologias causadas pela própria pessoa, a chamada somatização, que pode se resumir a algumas queixas, como alterações de sensibilidade da pele ou distúrbios gástricos, por exemplo.

Medicina holística

O oncologista explica que vivencia diariamente situações que diferenciam as pessoas diante do câncer. Geralmente aquelas que reagem com depressão à doença apresentam uma evolução pior do que as que tomam a doença como um aprendizado.

“O mais importante no enfrentamento de uma doença é a busca do entendimento frente à vida e de que a doença deve ser encarada como algo pontual, obviamente importante para o bem-estar e a continuidade da vida em si, mas também para o refinamento da evolução pessoal e espir,itual”, assinala.

Estudos científicos dão embasamento às observações e à vivência da medicina holística. O diagnóstico do câncer por vezes é feito um a dois anos após uma crise emocional devastadora.

Os traumas relatados com maior freqüência incluem divórcio, morte do cônjuge, do filho, dos pais, perda de emprego, ausência de sentido de vida e trauma social.

“Eu recebi no meu consultório, por exemplo, uma mulher que teve câncer de mama após vivenciar a perda de emprego após muitos anos e mudança dos filhos de cidade, o que pode não ser uma simples coincidência, mas um fator precipitante no desenvolvimento da doença já iniciada por outros fatores”, relata o especialista.

Diante desses fatores que podem contribuir para o aparecimento desta e outras doenças, a sugestão dos especialistas em corpo, mente e espírito é saber o que está acontecendo consigo mesmo e treinar o controle sobre as emoções, principalmente aquelas em excesso, eliminando prejuízos ao organismo.

Dicas para uma atitude positiva

* Não deixe que pensamentos negativos lhe venham à mente
* Não compartilhe sentimentos de raiva
* Ao se aborrecer, faça de tudo para se distrair com coisas mais amenas
* Ouça com atenção o que as outras pessoas falam
* Tente ser mais compreensivo perante as situações difíceis por quais outras pessoas passam
* Procure aumentar o seu contato com outras pessoas
* Faça exercícios regularmente
* Pratique o perdão
* Tente manter o bom humor em alta.

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