Pele: A psoríase precisa ser controlada

Caracterizada por lesões ou placas na pele, a psoríase, uma doença de fundo genético e que, por enquanto, não tem cura, atinge cerca de 30% dos pacientes com algum tipo de doença de pele. Caio César de Castro, dermatologista da Santa casa de Misericórdia de Curitiba, alerta, no entanto que ela pode e deve ser controlada. ?A doença é identificada por meio de um diagnosticado clínico e o seu tratamento varia de conforme o tipo, a extensão e as condições gerais de saúde da pessoa?, esclarece.

De acordo com o médico, as placas vermelhas (crostas) podem ir se descamando no decorrer da crise. O aparecimento delas é, geralmente, simétrico, acometendo mais comumente superfícies de extensão como cotovelos ou joelhos, mas também podem aparecer em regiões como o couro cabeludo e a região lombar. Os sintomas da psoríase podem ser desencadeados por fatores externos, como queimaduras provocadas pelo sol, alterações climáticas, distúrbios metabólicos e endócrinos, distúrbios emocionais, pelo uso de drogas ou por infecções por bactérias, entre outras causas.

Gotinhas grossas pelo corpo

Caio Castro salienta que a pessoa pode ter surtos, que são as crises da doença, seguidos pelos períodos de estagnação, na qual a doença existe, mas não agride a pele. Na sua forma mais comum, chamada de vulgar é mais fácil de tratar e acomete cerca de 90% dos pacientes que têm a doença.

A dermatologista Cristiane Victorio Lagrecca, observa que, além da vulgar, há os tipos mais raros da doença. Entre elas, a mais comum em crianças é a psoríase gotada que geralmente aparece depois de uma infecção das vias respiratórias superiores, causada pela bactéria estreptococos. ?Na criança que teve esse tipo de infecção, aparecem várias ?gotinhas? grossas pelo corpo que descamam com o tempo?, diz, comentando que, geralmente ela se cura sozinha, com tratamento ou não, no prazo de dois ou três meses.

Outro tipo é a artrite psoriática, que acomete as articulações do nosso corpo. De acordo com os especialistas, ela pode afetar apenas uma articulação (mono) ou diversas articulações. ?Esse tipo de psoríase é mais freqüente nas articulações entre os dedos das mãos, ou mais raro, dos pés?, afirma Cristiane Lagrecca. A forma mais grave da doença é a pustulosa. Geralmente, aparece nos casos da forma vulgar em que o paciente está em tratamento com corticóides e, de repente, pára repentinamente de tomá-los. Essa atitude, de acordo com a médica, pode levar à piora do quadro, causando uma generalização da doença.  ?O ideal é sempre parar gradativamente, sob pena de ter o agravamento da psoríase e o desenvolvimento da sua forma pustulosa?, alerta.

O sol na medida certa

O ciclo germinativo epidérmico fica encurtado quando a pessoa está com psoríase. Em função disso, a proliferação epidérmica é maior. Essa é a origem da ?casca?, que começa a descamar. Para conter esse ciclo, é indicado usar uma pomada (que atua parando o processo) no local com a lesão e tomar um pouco de sol todos os dias, no horário antes das 10 horas e depois das 15 horas. Quando a pessoa está no início do tratamento, é bom começar tomando sol apenas 5 minutos por dia. Depois, conforme indicação médica, o paciente pode aumentar um pouco o tempo de exposição diária.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo