Pesquisas recentes estão ajudando a elucidar os fatores responsáveis por levar os ossos de pacientes com osteoporose a se tornarem frágeis ou quebrarem. As novas descobertas mostram que não é apenas a densidade mineral óssea que contribui para o fortalecimento do osso, por isso, apesar de se manter como um dos mais importantes exames, somente a medição dessa densidade pode não indicar de modo preciso se a pessoa corre riscos de fraturas, por isso outras características precisam ser analisadas. Fatores como tamanho, formato e quantidade de colágeno do osso também irão influir na qualidade óssea e conseqüentemente torná-lo suscetível ou não, às fraturas. A qualidade óssea é um termo utilizado para descrever um conjunto de características que influenciam e compõem a resistência óssea. A compreensão dessas informações por parte dos pesquisadores e como a qualidade óssea pode ser medida irá ajudar no diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes vítimas da doença. A osteoporose atinge principalmente mulheres na pós-menopausa devido a diminuição dos níveis do hormônio estrógeno. O osso antigo é continuamente substituído por osso novo, em um processo denominado remodelação óssea. Após a menopausa, há um desequilíbrio entre a formação e a reabsorção causando uma perda óssea. O controle desses níveis, para que a velocidade de perda e formação do osso retorne a um ritmo normal, é importante para formar ossos fortes. Nesse sentido, medicamentos modernos como o risedronato sódico têm obtido uma ação importante no sentido de recuperar a qualidade óssea em menor prazo de tempo.
Sebastião Cézar Radominski, presidente da Sociedade Paranaense de Osteoporose.