O diretor-adjunto do Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, anuncia nesta segunda-feira (24), no Rio de Janeiro, um acordo com o Ministério da Saúde para repasse de US$ 1,5 milhão a programas de combate à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids) em países em desenvolvimento. O dinheiro vai para o Centro Internacional de Cooperação Técnica em HIV/Aids (CICT), iniciativa do governo brasileiro e da Unaids, com sede no Brasil.
Durante a I Reunião Ministerial de Políticas para as Mulheres e HIV/Aids será divulgado também um relatório das ações do CICT, que atua há três anos no combate à doença na América Latina, na América Central e na África. As verbas vêm da Organização das Nações Unidas (ONU), do governo brasileiro e de duas agências de cooperação européias. Integram o CICT 74 instituições, entre elas hospitais, universidades e organizações não-governamentais.
Está ainda em debate na reunião o conteúdo de uma carta de intenções para prevenção a aids entre mulheres, a ser firmada pelo Brasil e outros sete integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Segundo dados da ONU, no mundo todo as mulheres representam metade da população infectada pelo HIV. A idéia é, a partir da troca de experiências e conhecimentos técnicos, elaborar um documento com resoluções e metas.
A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Nilcéa Freire, apresentará aos representantes da Unaids e da CPLP o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). As metas para este ano são reduzir de 4% para 1% o porcentual de transmissão vertical do vírus, ou seja, da mãe para o bebê, e aumentar de 4 milhões para 10 milhões a aquisição de preservativos femininos.
Homossexuais
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lança nesta terça-feira (25), em Brasília, o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e DST entre Gays e Travestis. Serão lançados cartazes e panfletos educativos específicos, com ilustrações, para o público.