O diretor executivo do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), Michel Sidibé, comemorou hoje (4) a notícia sobre a cura de um bebê que nasceu com o vírus da aids. A cura foi divulgada por um grupo de cientistas norte-americanos e, segundo ele, “dá esperança” para um futuro de uma geração sem a doença.
A notícia “reforça a necessidade de investigação e inovação também na área de diagnóstico precoce”, ressaltou Sidibé. A análise do diretor executivo está na página da Organização das Nações Unidas (ONU).
Pela pesquisa, a criança, hoje com 2 anos, nasceu com o vírus transmitido pela mãe doente. A criança foi curada depois de submetida a tratamento com medicamentos antirretrovirais por um ano e meio. O caso foi apresentado durante a 20ª Conferência Anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, nos Estados Unidos.
A médica Deborah Persaud, do Centro Infantil Johns Hopkins do Hospital Universitário de Baltimore, principal autora do estudo, disse que é fundamental que a terapia com medicamento antirretroviral seja introduzida no paciente o mais cedo possível para impedir o avanço dos chamados “estoques escondidos virais”.
A única cura completa de uma pessoa contaminada com o vírus HIV, oficialmente reconhecida, é do americano Timothy Brown. Ele foi declarado curado depois de um transplante de medula óssea, recebida de um portador de uma mutação genética rara, que impedia o vírus de penetrar nas células. O transplante foi concebido para tratar a leucemia.
Pelos dados da Organização Mundial de Saúde e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, aproximadamente 330 mil crianças foram infectadas com o HIV em 2011. No mesmo ano, o Unaids e seus parceiros lançaram um plano global para a eliminação de novas infecções pelo HIV entre crianças até 2015.