São Paulo – Havia uma dúvida: os homens que roncam, ou sofrem de apnéia noturna, como dizem os mais formais, têm menos apetite sexual do que aqueles que dormem como anjos? Ninguém ainda teria uma resposta não fosse um grupo de pesquisadores do Technion-Israel Institute, de Haifa, Israel, que decidiu estudar o tema. O Technion-Israel Institute é a mais antiga universidade do país, foi fundada em 1924 e alguns dos seus 50 mil diplomados ocupam hoje postos-chave em indústrias e universidades.

O grupo selecionou dez grandes roncadores e cinco sem-ronco. Em todos eles foram inseridos, no período entre 22 e 7 horas, um catéter para dosagem dos níveis de testosterona (hormônio que determina as características sexuais masculinas, especialmente a virilidade e o desenvolvimento dos órgãos genitais) e hormônio luteinizante (que estimula a secreção de testosterona pelas células do testículo). O catéter de cada um verificava as dosagens de 20 em 20 minutos. Ao mesmo tempo, eletrodos de encéfalograma registravam a qualidade do sono.

Cotejados os níveis atingidos nos dois grupos, foi demonstrado que um roncador, seja ele obeso ou não, produz menos testosterona e hormônio luteinizante, queda essa que está ligada ao chamado “distress index”, parâmetro que mede a qualidade do sono. Portanto, o pior repouso – o dos que roncam – resulta em menos estímulo para os órgãos genitais e, como conseqüência, maior declínio nos níveis sob observação. Já os que não roncam mantêm-se nos níveis normais quanto à potência de suas características sexuais.

O problema, segundo o respeitável grupo de pesquisadores do instituto, é que o ronco torna a respiração deficiente, o que provoca uma disfunção no eixo que liga o cérebro ao aparelho reprodutivo, diminuindo a síntese hormonal e, conseqüentemente, reduzindo sua performance. Está, portanto, provado: o ronco é inimigo do sexo. O que leva à conclusão de que os homens que se importam com isso precisam urgentemente de aconselhamento médico.

continua após a publicidade

continua após a publicidade