É difícil desprezar a importância do impacto da Internet sobre as mais diversas áreas de atividade. Nos casos de temas de saúde, em particular, a pesquisa sobre comunicação em saúde e campanhas relacionadas à saúde coletiva tem crescido em importância na agenda pública com o maior acesso à rede mundial de computadores.
Por ser acessada individualmente, pode responder a dúvidas específicas, oferecendo a informação sobre medida, com o grau de profundidade que o usuário procura. A advertência é pela busca em páginas com informações confiáveis.
Uma pesquisa constatou que 86% dos brasileiros com acesso à internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e suas condições médicas. Idealizada pela seguradora de saúde Bupa, a pesquisa Health Pulse 2010 entrevistou mais de 12 mil pessoas em 12 países, sendo 1.005 brasileiros.
Os dados da pesquisa revelam que 68% dos brasileiros buscam online informações sobre medicamentos, 45% procuram se informar sobre hospitais e 41% querem conhecer na internet experiências de outros pacientes com determinado problema de saúde. No entanto, somente um quarto das pessoas verifica as fontes das informações de saúde disponíveis na internet.
Informações “valiosas”
Por aqui, a idade da amostra foi representativa da população até 50 anos. Os resultados mostraram que a maioria (57%) dos brasileiros gostaria de poder renovar suas prescrições de tratamentos pela internet, enquanto 55% gostariam de usar a rede para marcar as consultas e 54% mostram interesse em acessar seus prontuários médicos ou resultados de testes online. Atualmente, 23% marcam consultas, acessam seus prontuários médicos e resultados de testes pela internet.
A maioria dos entrevistados por outro estudo (Rice e Kaltz) acredita no valor da informação da Internet, considerando-as “altamente valiosas”, embora um terço deles se declarem cautelosos, classificando as informações como “relativamente valiosas” e apenas 5% tenham considerado as informações sem nenhum valor.
Aqueles que já tinham lido informação considerada irresponsável eram mais críticos. Em uma escala de ceticismo, construída pelos autores a partir das respostas, os mais céticos apresentavam maior grau de instrução e maiores habilidades de Internet.
Os mais céticos eram também os que mais frequentemente acessaram informações de saúde e os mais prováveis de discutir essas informações com outras pessoas.
Fonte segura
Com smartphones e tablets em vias de superar as vendas de computadores pessoais em 2012, não só existem mais informações online como também mais formas de acessá-las. Um relatório recentemente divulgado revela que as pessoas terão dificuldades para selecionar o conteúdo, já que não verificam a fonte das informações.
“As novas tecnologias vêm ajudando as pessoas a conhecer mais sobre a própria saúde e tomar decisões informadas, entretanto, é preciso se certificar de que as informações encontradas são corretas”, alerta David McDaid, pesquisador da London School of Economics, completando que é necessário conferir as fontes para atestar a qualidade do conteúdo.
Nesse sentido, vale verificar quem é o autor ou organização responsável pelo website e checar quando as informações foram atualizadas pela última vez. Informações de saúde não confiáveis disponíveis na internet podem trazer sérias consequências.
O paciente pode interpretar erroneamente seus sintomas, levando a uma corrida por exames e até tratamentos desnecessários., Ou o contrário, pode levar o paciente a subestimar o problema.
“Para quem estiver procurando informações online, é realmente importante se certificar de que a fonte é segura”, afirma Sneh Khemka, diretor médico da seguradora.