O especialista: Sexo é bom para a saúde

ms3020806.jpgNesta segunda-feira foi comemorado o Dia Internacional do Orgasmo. A data foi criada a seis anos, na Inglaterra, depois da publicação de uma pesquisa encomendada por lojas de sex shop inglesas que constatou que mais de 80% das mulheres britânicas nunca chegaram ao orgasmo. Desde então, a cada ano a data ganha mais popularidade entre pessoas de todas as idades.

Na última semana, a ausência do orgasmo foi pauta de um caloroso debate em todo o Brasil, após a exibição do depoimento de uma dona de casa, de 68 anos, na novela Páginas da vida, da Rede Globo, no qual ela declarava que nunca havia chegado ao orgasmo.

A declaração, apesar de causar tanto espanto, está longe de ser uma inverdade. Com efeito, muitas mulheres não conseguem mesmo atingir o prazer completo. Muitas vezes é por falta de excitação de sua parte, outras são ocasionadas por distúrbios masculinos, como ejaculação precoce ou disfunção erétil.

O sexo é uma busca de prazer do casal e deve fazer parte da vida diária de homens e mulheres. Se houver alguma dificuldade, um deve ajudar o outro a procurar o melhor tratamento. No caso dos homens com dificuldades de ereção, a mulher possui um papel fundamental nesse auxílio.

No Brasil, segundo dados do IMS Health, cerca de 50 milhões de homens sofrem de algum grau de dificuldade de ereção, mas somente 200 mil já conversaram com algum especialista. No entanto, já existem tratamentos que resgatam a naturalidade da relação sexual, tratam do problema de forma simples e ajudam o homem a superar os tabus em torno da questão. Além do intenso prazer, é bom saber que o sexo é bom para:

* o coração – durante a excitação, os batimentos ultrapassam 180 bpm, atividade que resulta em um bom exercício para o músculo cardíaco.

* a pele – o prazer sexual favorece a produção de estrogênio (hormônio sexual feminino secretado pelos ovários) e do colágeno natural. Durante o ato sexual, a temperatura do corpo sobe, havendo sudorese e afluxo de sangue para a superfície da pele que, mais irrigada e estimulada, resiste melhor ao envelhecimento.

* circulação – as artérias dilatam, provocando sensação de bem-estar, oxigenando mais o sangue, com  efeito semelhante ao da prática esportiva.

* queima de calorias – no sexo se gasta, em média, 300 calorias. O equivalente a uma aula de ginástica.

* cólica menstrual – a liberação de endorfina propicia o equilíbrio hormonal e torna a menstruação menos dolorosa, pois massageia indiretamente os órgãos internos.

* retardar o envelhecimento – o hormônio ocitocina que inibe a ação de radicais livres que aceleram o envelhecimento é liberado no ato sexual.

* combater o estresse e a insônia – no sistema límbico ocorre uma descarga de endorfina, responsável pela sensação de prazer, ajudando a afastar tais distúrbios.

* o humor – o sexo prazeroso intensifica a ação das substâncias produzidas pelo cérebro (serotonina e dopamina), provocando sensação de relaxamento e bom humor.

* diminuição da dor – as carícias estimulam os centros nervosos e esses estímulos chegam aos músculos. O opiáceo natural (espécie de anestésico), endorfina, pode diminuir a dor muscular.  

Valéria Walfrido, sexóloga e escritora.

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