"Em cada medicamento que alivia as dores da humanidade está a ciência do farmacêutico." Esta frase sustenta uma trajetória de muitos séculos na busca e aperfeiçoamento do conhecimento e responsabilidades assumidas pelos profissionais do medicamento, da saúde e da vida. Com o ressurgimento da farmácia de manipulação, como atividade restrita ao profissional farmacêutico, aconteceu de forma natural a valorização real desse profissional. Sua formação completa vai desde o preparo do medicamento até a sua dispensação, em que ele orienta o paciente quanto ao uso e aos cuidados. Pode também orientar os médicos quanto às dosagens, farmacologia e interações dos medicamentos.
Mas, por que antigas responsabilidades para um novo profissional? Porque os farmacêuticos estão mudando suas formas de aprendizado e de assistir a população. A farmácia, hoje, tem por objetivo a promoção da saúde por meio da personalização da relação de confiança entre médico-farmacêutico-paciente. Não são mais suficientes para nós os conhecimentos necessários para a manipulação ou a produção dos medicamentos que aliviam as dores da humanidade. Isso porque, muitas vezes, essas dores não podem ser curadas unicamente pelo medicamento. O novo profissional farmacêutico passa a estar muito mais integrado à população.
Por vezes, acompanhando seus tratamentos para que se tornem mais eficazes e seguros. Outras, atuando na orientação e educação a fim de proporcionar qualidade de vida, saúde e preservar a vida. O farmacêutico é um profissional em constante aperfeiçoamento. Novos farmacêuticos são formados com todo o conhecimento técnico necessário, além de desenvolverem conhecimentos humanísticos apropriados para um atendimento mais completo e humano àqueles que necessitam de seus préstimos. As perspectivas para a profissão farmacêutica nos próximos anos são otimistas.
Essa qualificação fará o farmacêutico ser reconhecido como parte integrante das equipes de saúde, sem que se esconda atrás das portas do laboratório. O farmacêutico é co-responsável pela saúde de seus pacientes. Por enquanto, podemos estar ainda um pouco distantes dessa realidade, mas cabe a cada profissional fazer a sua parte.
Cláudia Boscheco, farmacêutica industrial.