O especialista: A radiologia em foco

maissaude_especialista.jpgUma das áreas da medicina que mais se destaca, na atualidade, é a radiologia, cuja denominação mais apropriada seria: diagnóstico por imagem ou imaginologia. A descoberta dos raios X pelo físico alemão Röentgen, há pouco mais de um século, provocou um grande impacto na medicina, ao permitir a visualização de estruturas internas sem a necessidade de cirurgia ou de necropsia. Pode-se falar, sem exagero, em uma medicina antes e outra depois da radiologia. Até meados do século passado, a radiologia era o único método de diagnóstico por imagem. Depois dela veio a ultra-sonografia (na década de 1950), a tomografia computadorizada (TC) – a partir de 1970 e a ressonância magnética (RM) no início dos anos oitentas.

O advento da TC quase cem anos depois da descoberta dos raios X, também marcou a especialidade. O seu impacto foi tão grande, que se pode falar em uma radiologia antes da TC e outra depois. Só para citar um exemplo, a taxa de mortalidade por abscesso (coleção de pus) cerebral despencou de quase 100% para praticamente 0% depois do emprego da TC.

A fantástica evolução desses métodos, aliados a técnicas revolucionárias, como a ?TC Helicoidal? e ?Multicortes?, permitiram estudos muito rápidos, com cortes finos e melhor definição das imagens. Foram incorporados novos métodos, como a mamografia e a radiologia digital, e, sobretudo, a revolucionária descoberta da ressonância magnética. Em decorrência da perfeita definição das imagens, sobretudo para as partes moles, a RM tornou-se o método de escolha para a maior parte das doenças cerebrais e da medula espinhal, sendo cada vez mais utilizada para os estudos vasculares, incluindo exames do coração, do abdome e da pelve e nos sistemas muscular, esquelético e articular. Atualmente, este método tornou-se uma ferramenta quase imprescindível na área da medicina esportiva.

No Brasil, existem cerca de 6.500 especialistas em Radiologia e Diagnóstico por Imagem filiados ao Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), que é responsável, em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), pela emissão dos certificados de especialista. O CBR também congrega os especialistas em Medicina Nuclear e Radioterapia, além das clínicas e serviços dedicados à área, disciplinando suas atuações e conferindo selos de qualidade nas diversas áreas. O selo do CBR torna-se uma garantia adicional para os pacientes ao escolher o serviço de imagem.

No Paraná, a Sociedade de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Paraná (SRP) conta com quase 500 associados e está empenhada em um recadastramento dos médicos, visando, sobretudo, dar início ao processo de ?revalidação dos títulos de especialista?, que deve ocorrer a cada cinco anos, seguindo critérios da AMB e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

Ênio Rogacheski, presidente da Sociedade de Radiologia e Diagnóstico por Imagem do Paraná.

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