maissaude_yasumi.jpgMuito se tem falado sobre probióticos e a ação benéfica que estas bactérias podem produzir no organismo. O termo foi usado pela primeira vez em 1965 por pesquisadores que publicaram um artigo sobre a simbiose de dois protozoários. Desde então, muitos pesquisadores evoluíram na definição de probióticos. Os estudos continuam, principalmente na Europa e no Japão, e novas descobertas vêm ocorrendo.

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A importância da microbiota intestinal para a manutenção da saúde foi comprovada quando microbiologistas verificaram que havia diferença entre a microflora residente no intestino de pessoas saudáveis e doentes. Entretanto, essa imunidade pode estar abalada quando há grande quantidade de bactérias patogênicas no intestino, o que pode levar a inúmeras doenças. Com efeito, cientistas estudam a ação dos microorganismos probióticos para evitar que a microbiota intestinal (cerca de 100 trilhões de bactérias intestinais, responsáveis pelo processo de digestão, absorção e síntese de vitaminas) sofra ataque de patógenos.

Os cientistas têm demonstrado que tais microorganismos ajudam a aumentar a resistência imunológica do organismo e protegem contra inúmeras doenças, até mesmo o câncer. Uma das bactérias mais estudadas em todo o mundo é o Lactobacillus casei Shirota, isolado do intestino de crianças saudáveis, em 1930, pelo cientista japonês Minoru Shirota e utilizado posteriormente como base para o leite fermentado Yakult.

Há consenso entre os cientistas de que os alimentos probióticos são compostos de um número suficiente de microorganismos vivos capazes de sobreviver ao trânsito gastrointestinal e chegar em grande quantidade para colonizar a microbiota natural do intestino, onde exercem um efeito protetor no metabolismo humano. Os probióticos também têm sido considerados armas efetivas para a prevenção de doenças, em especial as infecciosas, porque controlam o crescimento das bactérias nocivas e promovem a estabilização do ambiente intestinal.

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Entre os inúmeros benefícios atribuídos ao uso de probióticos está a diminuição de metabólitos pró-cancerígenos no cólon, o que pode significar uma importante proteção para evitar o desenvolvimento da doença. Além disso, estudos comprovam que a ação dos microorganismos vivos diminui principalmente a freqüência e a duração de diarréia associada ao uso de antibióticos, estimula a imunidade humoral e celular, melhora a digestão da lactose, a constipação e os sintomas da síndrome do cólon irritável. Por esses e outros motivos, as pesquisas com Lactobacillus casei Shirota continuam sendo amplamente desenvolvidas no Japão, para que o mundo todo possa usufruir o que o médico Minoru Shirota acreditava: "O intestino saudável conduz à longevidade".

Yasumi Ozawa Kimura, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Yakult do Brasil.

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