Além do lançamento da Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Próstata, o 30.o Congresso Brasileiro de Urologia realizado na semana passada, em Brasília, apresentou inovações no tratamento de doenças urológicas como a disfunção erétil e o cálculo renal. Cirurgias menos invasivas e tratamentos que podem solucionar o problema sem a intervenção cirúrgica também foram temas de debates no encontro. Ao final do congresso, foi divulgado um relatório com os principais assuntos debatidos. Abaixo, um resumo das conclusões obtidas.
Câncer de próstata – Entre as novas técnicas mereceu destaque a crioterapia, método que se serve da aplicação de gelo para eliminação das células cancerígenas, e o HIFU, ultra-som focado na lesão da próstata.
Cáculo renal ? A indicação é da litotripsia extra corpórea, cirurgia por ondas de choque que não necessita de nenhum corte e que, após o procedimento, o paciente já pode receber alta. Um computador localiza o cálculo renal e por meio de um impulso fragmenta a pedra, transformando-a em uma espécie de farelo, que será eliminado pela urina.
Incontinência urinária ? Profissionais da área de fisioterapia ofereceram como alternativa para o combate da incontinência urinária o treinamento do assoalho pélvico como a via mais promissora de recuperação dos pacientes. Outra novidade, desenvolvida no Brasil e na Argentina, é uma prótese de implantação cirúrgica que já mostra bons resultados no tratamento.
Reprodução de tecidos humanos ? A engenharia de tecidos que gera a possibilidade de tratamento de doenças crônicas por meio de tecidos criados em laboratório traz a possibilidade de reconstrução de órgãos como a bexiga e a uretra, especialmente.
Células-tronco ? Estudos pretendem reproduzir tecidos que poderão refazer, por exemplo, parte da uretra, bexiga e até vasos sangüíneos. O mais inusitado é que um produto tipicamente brasileiro, o melaço da cana-de-açúcar, está auxiliando na pesquisa, como depósito para o desenvolvimento de tecidos artificiais que serão usados para reproduzir.
Reposição de hormônios ? A reposição tem boa aceitação entre o público masculino, a partir dos 45 anos de idade, quando já é indicada. A técnica apresenta melhora no condicionamento psíquico, físico e no desempenho sexual do homem.
Disfunção erétil ? Evidências levam especialistas a indicar o tratamento no sentido global porque as mesmas causas que geram doenças coronarianas podem levar ao distúrbio. Os fatores envolvidos no desencadeamento dos problemas de ereção se relacionam a obesidade, falta de exercício físico, estresse, colesterol, hipertensão, diabetes e fumo.
Fimose ? Um medicamento mostrou eficácia na retirada de fimose sem o bisturi. Um estudo feito com mais de 400 meninos avaliou a eficiência de uma pomada, que já está no mercado, a base de betametasona e hialuronidase, com índices de sucesso acima de 60% dos casos.