Novos tratamentos para esclerose múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica do sistema nervoso que acomete principalmente adultos jovens, de 20 a 40 anos. De acordo com o dr. Mario Peres, neurologista clínico do Hospital Santa Paula (SP), a doença afeta duas vezes mais as mulheres do que os homens. “Dormências, fraqueza dos membros, dificuldade para caminhar, alteração visual, falta de coordenação motora, desequilíbrio, tonturas, alterações no controle de urina e fezes e fadiga são alguns dos sintomas mais comuns apresentados pelo paciente. É necessário, para realizar um diagnóstico preciso, levantar um histórico da pessoa e submetê-la a um exame neurológico. A ressonância magnética e o exame do líquor da espinha são complementares”, explica o neurologista.

A fadiga é um dos sintomas mais comuns na esclerose múltipla. “Nos Estados Unidos, um novo medicamento tem sido empregado com bons resultados no combate à fadiga: Provigil, do laboratório Cephalon. Aqui no Brasil, como a droga é importada, esse tratamento está sendo realizado com um número ainda pequeno de pacientes, mas tem alcançado efeitos muito benéficos. Os pacientes sentem-se mais bem dispostos, apresentam diminuição da fadiga e do sono durante o dia, sem interferir em seu descanso noturno”, explica o dr. Peres.

“Caminhando na Água”

Na última edição da revista Inside MS, que aborda temas estritamente ligados à esclerose múltipla (EM), a matéria “Walking in Water” conta sobre essa terapia coadjuvante que tem levado cada vez mais pacientes portadores de EM às piscinas. Trata-se de caminhar dentro de uma piscina, com água fria até a altura do peito. Esse exercício tem beneficiado muitos pacientes, que vêem na caminhada não só uma atividade recreacional, mas um bom exercício, mesmo para aqueles que normalmente têm muita dificuldade para andar ou que precisam inclusive da ajuda para se manter em pé.

A água fria é ideal para aqueles que apresentam uma sensibilidade ao calor. A piscina, aliás, é um local que apresenta menos riscos àqueles pacientes que sofrem de perda de equilíbrio ou falta de coordenação motora, porque diminui os riscos provenientes de quedas. Sob a água, a pessoa está trabalhando a musculatura com menos de 20% de seu peso normal.

Os primeiros exercícios de caminhada dentro d?água começaram no início do século 20, com pessoas que sofriam de artrite e poliomielite. É recente o direcionamento desse tipo de exercício como parte de um trabalho de fisioterapia a ser desenvolvido com pacientes de EM. Durante as caminhadas dentro da piscina, além do fortalecimento muscular, há um aumento de circulação sangüínea, principalmente nos membros inferiores, o que beneficia os pacientes que permanecem a maior parte do dia sentados. Ioga, alongamento, hidroginástica e natação também são atividades praticadas pelos portadores de EM.

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