O Governo do Estado homologou o processo de licitação de cinco aparelhos Ecodoppler Transcranianos (ultra-som para avaliar o fluxo das artérias cerebrais) destinados à Central Estadual de Transplantes do Paraná, que cederá os aparelhos para médicos habilitados vinculados a hospitais universitários para serem utilizados em caso de necessidade. O valor do investimento é de R$ 295 mil. ?Com estes novos equipamentos será possível determinar a morte encefálica de doadores de órgãos com maior rapidez?, afirma o secretário da Saúde, Cláudio Xavier.
A aquisição dos equipamentos faz parte do plano estadual para aumentar a notificação de morte encefálica, a doação e captação de órgãos no Estado. De acordo com o diretor da Central de Transplantes, Carlos d?Ávila, a agilidade no processo de diagnóstico da morte encefálica vai aumentar a possibilidade de doação de órgãos e tecidos, e, em conseqüência, aumenta o número de transplantes.
A Central Estadual de Transplantes também conta com uma infra-estrutura organizada de transportes para agilizar a retirada e transplantes de órgãos em todo o Estado. Para longas distâncias o Governo disponibiliza quando necessário até transporte aéreo. Em localidades mais próximas a Central Estadual de Transplante utiliza viatura própria e táxis conveniados que auxiliam no transporte de equipes de transplantes e no transporte de órgãos.
Ações
A Secretaria da Saúde desenvolve diversas ações visando o aumento na captação e transplante de órgãos no Estado. Uma importante iniciativa é a implantação da primeira Organização de Procura de Órgãos (OPO) cuja área de abrangência será Curitiba e região metropolitana. A proposta já foi aprovada preliminarmente pela Central de Transplantes e dentro em breve a primeira OPO deverá ser lançada oficialmente.
As OPOs funcionam como mecanismos auxiliares para efetuar a busca ativa nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e hospitais de potenciais doadores de órgãos e tecidos.
Outra medida foi a assinatura de uma portaria exigindo que os hospitais informem à Central Estadual de Transplantes e às Centrais Regionais cada vez que forem internados pacientes com alguma das seguintes enfermidades: traumatismo craniano (traumatismo craniano encefálico); derrame (AVE e AVC); falta de oxigênio no cérebro (encefalopatia anóxica) e tumor encefálico (tumor cerebral primário).
