Novo teste detecta risco cardíaco em diabéticos

Uma nova análise diagnóstica, denominada Myocardial Perfusion Imaging (MPI), permite descobrir o risco de doenças cardíacas nos diabéticos de tipo 2, ou seja, os que não são dependentes de insulina.

Essa técnica permite medir, mediante a utilização de uma substância radioativa chamada cardiolite, o fluxo sanguíneo através do coração e identificar de maneira precoce a doença coronária.

Se o teste com cardiolite resultar negativo, o risco de problemas cardíacos nos 12 meses sucessivos é inferior a 1%.

Os resultados preliminares da pesquisa sobre o uso do cardiolite foram apresentados no XVIII Congresso da International Diabetes Federation, realizado recentemente em Paris.

O estudo, denominado DIAD (Detection of Ischemia in Asymptomatic Diabetics), é o primeiro a pesquisar a diagnose da isquemia silenciosa em pacientes diabéticos.

O teste permitiria a realização de uma intervenção a tempo em 50% dos diabéticos que, ainda quando não manifestam sintomas, correm alto risco de sofrer problemas cardíacos.

“Esses resultados são de enorme importância, pois muitos pacientes diabéticos não são conscientes dos riscos de sofrer enfermidades cardíacas”, afirmou Frans J. Wackers, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale e um dos pesquisadores principais desse estudo.

A pesquisa se realizou com uma amostra de 522 pacientes e os resultados determinaram que 113 (22%) mostravam anomalias que sugeriam a presença de cardiopatias isquêmicas silenciosas. Desses 113 casos, em 83 (73%) se encontraram anomalias do fluxo sanguíneo cardíaco e, nos 30 restantes (27%), registrou-se a presença de anomalias indeterminadas.

A diabete, em particular de tipo 2, é uma doença em contínuo aumento nos países industrializados. Em 1985, havia no mundo cerca de 30 milhões de diabéticos. Dez anos depois, se chegou a 135 milhões.

O problema central da assistência aos pacientes diabéticos é a prevenção e a cura de suas complicações crônicas, em particular o risco de cardiopatia isquêmica, que é de duas a quatro vezes maior em relação aos não diabéticos.

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