Novidade para mulher fazer xixi em pé afasta drama do banheiro público

Na hora do aperto e na falta de um banheiro limpinho por perto, qual mulher já não desejou fazer xixi em pé, como os rapazes? Pois saiba que a cena não é mais algo inalcançável. Recentemente, surgiu no mercado um acessório que permite as mulheres fazer xixi sem sentar no vaso sanitário. Ele é uma espécie de cone de silicone reutilizável, ao contrário da maioria dos acessórios descartáveis utilizados e distribuídos em festas há alguns anos. A empresa responsável por um desses produtos não-descartáveis, o OiGirl, defende a praticidade do produto, dizendo que o silicone medicinal flexível – material de que é feito o OiGirl – não é poroso, sendo totalmente liso e uniforme, o que impede a proliferação de bactérias em sua estrutura, mesmo na impossibilidade de lavagem do produto. Mas e quando não há está solução? Será que o banheiro traz riscos à saúde?

Quase diariamente nos deparamos com a situação de ter que utilizar um banheiro público: seja no trabalho, em um shopping ou no bar. Em muitos casos está tudo aparentemente muito limpo e cheiroso, em outros, o banheiro parece um filme de terror. Independentemente da aparência, não podemos nos esquecer de que esses banheiros são utilizados por inúmeros desconhecidos ao longo do dia e pegar uma infecção é mais fácil do que parece.
Tragédia da vida privada

A aventura de ser mulher inclui uma sessão de agachamento ao frequentar banheiros públicos, que até pode fortalecer as pernas – tudo para não sentar na famigerada privada em que todos se sentam. Mas quem aguenta viver se agachando e ainda ter que equilibrar a bolsa no ombro e pegar o papel pra se secar depois?

O infectologista da Unifesp, Gustavo Juhanson, diz que o perigo de sentar no vaso sem uma proteção não é tão grande quanto o temor das pessoas. “O perigo de contrair uma doença, como o HPV, está em encostar os genitais ou a pele com, algum machucado no assento, o que não é tão comum”.

Além disso, as doenças sexualmente transmissíveis, conhecidas como DSTs estão fora da lista de perigos dos banheiros públicos, conforme diz Gustavo Johanson, pois os micro-organismos que causam as doenças venéreas só sobrevivem no ambiente quente e úmido do nosso corpo – e justamente por isso são sexualmente transmissíveis, passando no contato de um corpo para o outro.

Existe também um higienizador de bolso para as tampas de vaso sanitário, mas é importante que o produto seja notificado pelo órgão máximo de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ele garante a total limpeza e higienização das tampas e assentos de seu vaso sanitário deixando-os livres de agentes patogênicos como: bactérias e germes causadoras de doenças sem o risco de agredir ou causar reações à pele.

Mãos ao alto
Cada um deixa um pedacinho de si quando vai ao banheiro. E quem está doente não deixa de fazer isso. “Os maiores perigos dos banheiros públicos são para quem não lava as mãos, pois pode levar diversas bactérias, vírus e protozoários à boca”, diz Gustavo Johanson. Os vírus intestinais, que podem causar contaminações quando o banheiro não é limpo adequadamente, podem provocar vômitos, diarreias e desidratação. Existem também as bactérias intestinais, que causam diarreia, febre e sangue nas fezes.

Você já parou para pensar quantas pessoas pegam na tampa do vaso, maçaneta, na descarga e na torneira com as mãos sujas? “A solução é não encostar na fechadura da torneira se não for automática, colocando um papel, quando possível e mesmo depois de lavar as mãos, utilizar um álcool em gel, principalmente quem está em um restaurante ou bar, onde irá comer”, diz Gustavo.

 

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