Atualmente, o próprio implante convencional vem ganhando novas conotações, graças à união da engenharia genética com a biomecânica, cuja técnica permite a redução no tratamento que, invariavelmente, demora de três a seis meses, para pouco mais de 20 dias. Por causa disso, essa técnica já é considerada como um dos maiores avanços já verificados para se buscar a calcificação óssea.
Acelerando o processo
Ela tem como princípio a aceleração do processo de ósseo integração. O tratamento consiste na introdução de um pino no osso e uma substância química contendo células que farão o tecido ósseo trabalhar e reduzir a demora na calcificação ao redor do implante. Na técnica convencional, o osso e a gengiva têm que se ?agarrar? ao implante antes mesmo da colocação da prótese, tornando o processo de cicatrização lento. Conseqüentemente, se perde mais tempo para avaliar os resultados nas diferentes etapas do tratamento.
Mesmo anunciada como uma descoberta muito recente, a nova modalidade de tratamento já foi aprovada pelo FDA (órgão fiscalizador de alimentos e drogas dos Estados Unidos) e ainda este ano deve entrar na rotina dos centros especializados brasileiros. André Zétola, cirurgião buco-maxilo-facial, acredita que em outubro a técnica de implante já estará disponível aos pacientes da região sul.
Pessoas de praticamente todas as faixas etárias são candidatas ao tratamento. De acordo com o cirurgião, mesmo os mais idosos têm boas chances de recuperação das células que ajudarão na calcificação óssea. Jovens, por outro lado, precisam terminar a fase de crescimento para se submeter a esse tipo de implante. ?Pacientes diabéticos e vítimas de osteoporose precisam ter suas doenças controladas e os fumantes devem reduzir o tabagismo?, alerta o cirurgião.
Passo a passo
O primeiro passo do tratamento é uma cirurgia com anestesia local e indolor, que consiste na incisão na gengiva e abertura de espaço no osso para se colocar o implante. Enquanto o paciente espera até que sejam cicatrizados os pontos da região na qual será fixado o pino, permanece com dentes provisórios na boca.
Para diminuir inchaços e edemas, e facilitar a cicatrização e drenagem linfática nas diferentes etapas do procedimento, é utilizada a laserterapia de baixa potência. Em aproximadamente 20 dias o novo dente está reposto, sem que o paciente sofra uma nova cirurgia para expor o implante na gengiva (como acontece nos implantes convencionais).
O implante que alia a engenharia genética à biomecânica não deve ser confundido com outra técnica recente conhecida como ?carga imediata?, que consiste em colocar o implante e o dente na mesma sessão. Somente entre três e seis meses é que a equipe que tratou o paciente por esse método terá condições de saber se a região tratada ficou calcificada.
Fonte: André Zétola