Nova técnica permite implantes em menor tempo

maissaude_implants.jpgMais da metade das pessoas que procuram clínicas odontológicas quer substituir um ou mais dentes provisórios. São vítimas de traumas, má conservação ou de perdas dentárias por problemas odontológicos ou, ainda, fazem parte da legião de 20% de brasileiros que nunca visitou um dentista e só agora começam a ter acesso ao tratamento adequado. Para esses casos, o implante é considerado a principal forma de reposição dentária para acabar com o desconforto causado por dentaduras, próteses parciais ou pontes removíveis.

Atualmente, o próprio implante convencional vem ganhando novas conotações, graças à união da engenharia genética com a biomecânica, cuja técnica permite a redução no tratamento que, invariavelmente, demora de três a seis meses, para pouco mais de 20 dias. Por causa disso, essa técnica já é considerada como um dos maiores avanços já verificados para se buscar a calcificação óssea.

Acelerando o processo

Ela tem como princípio a aceleração do processo de ósseo integração. O tratamento consiste na introdução de um pino no osso e uma substância química contendo células que farão o tecido ósseo trabalhar e reduzir a demora na calcificação ao redor do implante. Na técnica convencional, o osso e a gengiva têm que se ?agarrar? ao implante antes mesmo da colocação da prótese, tornando o processo de cicatrização lento. Conseqüentemente, se perde mais tempo para avaliar os resultados nas diferentes etapas do tratamento.

Mesmo anunciada como uma descoberta muito recente, a nova modalidade de tratamento já foi aprovada pelo FDA (órgão fiscalizador de alimentos e drogas dos Estados Unidos) e ainda este ano deve entrar na rotina dos centros especializados brasileiros. André Zétola, cirurgião buco-maxilo-facial, acredita que em outubro a técnica de implante já estará disponível aos pacientes da região sul.

Pessoas de praticamente todas as faixas etárias são candidatas ao tratamento. De acordo com o cirurgião, mesmo os mais idosos têm boas chances de recuperação das células que ajudarão na calcificação óssea. Jovens, por outro lado, precisam terminar a fase de crescimento para se submeter a esse tipo de implante. ?Pacientes diabéticos e vítimas de osteoporose precisam ter suas doenças controladas e os fumantes devem reduzir o tabagismo?, alerta o cirurgião.

Passo a passo

O primeiro passo do tratamento é uma cirurgia com anestesia local e indolor, que consiste na incisão na gengiva e abertura de espaço no osso para se colocar o implante. Enquanto o paciente espera até que sejam cicatrizados os pontos da região na qual será fixado o pino, permanece com dentes provisórios na boca.

Para diminuir inchaços e edemas, e facilitar a cicatrização e drenagem linfática nas diferentes etapas do procedimento, é utilizada a laserterapia de baixa potência. Em aproximadamente 20 dias o novo dente está reposto, sem que o paciente sofra uma nova cirurgia para expor o implante na gengiva (como acontece nos implantes convencionais).

O implante que alia a engenharia genética à biomecânica não deve ser confundido com outra técnica recente conhecida como ?carga imediata?, que consiste em colocar o implante e o dente na mesma sessão. Somente entre três e seis meses é que a equipe que tratou o paciente por esse método terá condições de saber se a região tratada ficou calcificada.

Fonte: André Zétola

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