O Sistema Único de Saúde (SUS) adotará a partir do segundo semestre uma nova droga, a quarta, no tratamento de tuberculose. O esquema reduz de 6 para 2 comprimidos diários a serem ingeridos pelo paciente, evitando que o tratamento seja abandonado e diminuindo o custo. Desde 2008, entidades reivindicavam a mudança. O anúncio foi feito ontem pelo Ministério da Saúde na abertura do 3º Fórum Mundial Stop TB, evento que acontece no Rio.

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O enviado especial das Nações Unidas na luta contra a tuberculose, Jorge Sampaio, estimou durante o evento que até 2015 uma nova vacina deve ser aprovada. Atualmente, a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin), disponível há 85 anos e incluída no calendário do Programa Nacional de Imunizações, não é considerada eficaz no controle da epidemia no mundo. Com 72 mil novos registros de tuberculose em 2008, o Brasil é o 16º país em números absolutos dessa doença.

O Ministério da Saúde está em negociações com o laboratório indiano que produz o novo medicamento a ser incluído no SUS para assinar um tratado de transferência de tecnologia. Com o acordo, dentro de alguns anos o remédio poderá ser produzido no País, pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fiocruz. Apesar de existir tratamento, a tuberculose ainda mata cerca de 2 milhões de pessoas a cada ano no mundo. Só no Brasil, a moléstia provoca em torno de 5 mil óbitos por ano. 

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