A calvície masculina é um fantasma que atormenta boa parte dos homens, à medida que prejudica a integração social. A boa nova é que nos dias de hoje existem formas de retardar ou diminuir a queda de cabelo. Trata-se de um novo medicamento que tem como princípio ativo o17-alfa estradiol, agindo como inibidor tópico da 5-a reductase — enzima que converte a testosterona em DHT, hormônio responsável pelo afinamento e queda dos cabelos. “Conforme isso acontece, a droga interrompe o processo de miniaturização dos fios e pára a queda”, explica a dermatologista Ana Lúcia Recio, de São Paulo. O medicamento, desenvolvido na Alemanha já está sendo comercializado no Brasil, depois de ter sido apresentado em setembro no Congresso Brasileiro de Dermatologia. Segundo a médica, o produto não provoca efeitos colaterais e é fácil de usar – deve ser aplicada uma vez por dia diretamente no couro cabeludo após a lavagem do cabelo -, não provoca efeitos colaterais e é indicado no tratamento de queda capilar de homens, mas também de mulheres. “Estudos apontam que bloqueia cerca de 80% dos casos de perda de cabelo por alopecia androgênica, a calvície masculina”, explica Ana Lúcia Recio. O efeito aparece após cerca de três meses de uso.
Como ocorre a calvície
A alopécia androgênica ou calvície masculina é uma manifestação fisiológica que ocorre em indivíduos geneticamente predispostos. “Não é considerada uma doença”, explica a dermatologista Ana Lúcia Recio (SP). Ela acrescenta que a herança genética pode vir do lado paterno ou materno e é resultado da estimulação dos folículos pilosos por hormônios masculinos, que começam a ser produzidos na adolescência.
Sob a ação de uma enzima, a 5-alfa-redutase, a testosterona transforma-se em diidrotestosterona (DHT), hormônio responsável pelo afinamento dos cabelos e diminuição progressiva dos folículos, que tem seu ciclo de vida normal encurtado. O resultado final é a calvície.
“No homem, a queda contínua dos cabelos leva à rarefação e ao afastamento da linha de implantação para trás”, explica a médica. “A progressão do quadro leva à calvície, caracterizada pela ausência de cabelo na parte superior e frontal da cabeça, sendo incomum nas áreas laterais e posterior”, explica. E lembra que a produção aumentada de oleosidade e descamação no couro cabeludo (caspa) também podem contribuir para agravar a calvície.