A nicotina poderia servir como antídoto eficaz contra a depressão, de acordo com o especialista René Drucker, coordenador de uma pesquisa científica da Universidade Nacional Autônoma do México (Unam).
O cientista mexicano, cujas pesquisas permitiram melhorar o tratamento dos doentes de Mal de Parkinson, assinalou que a nicotina consegue “regularizar a atividade cerebral”, o que pode ser transformado em parte de um “grande tratamento antidepressivo”.
Estudos de tomografia por emissão de pósitrons, conhecida como PET, revelaram que a nicotina poderia ser uma alternativa a antidepressivos como a fluoxetina, conhecida popularmente como Prozac.
Há anos, disse Drucker, existe a hipótese na literatura médica de que os fumantes escondem em si uma espécie de depressão e que o tabaco lhes serve como uma forma de automedicação contra a doença.
Drucker participou do seminário “Nicotina, sono e depressão”, organizado pelo Instituto de Pesquisas Biomédicas da Unam, a maior universidade mexicana, onde se realiza mais da metade da pesquisa científica do país.
Drucker disse que, durante suas pesquisas, a nicotina produziu ações semelhantes à do Prozac, mas sem efeitos secundários.
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