As quedas são responsáveis por grande parte das internações e mortes (de forma direta ou indireta) de pessoas na terceira idade. E por incrível que pareça, os principais motivos da sua ocorrência estão nas pequenas armadilhas “escondidas” no próprio ambiente doméstico: desníveis de um ambiente para outro, tapetes que deslizam, fios que atravessam áreas de passagem, escadas sem corrimão, iluminação deficiente, entre outros “pequenos descuidos”.
O problema social gerado pelas quedas na terceira idade é tão grave que duas das maiores sociedades médicas do país, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e a Sociedade Brasileira de Otologia, estão trabalhando unidas para esclarecer a população e mostrar como agir contra esse mal.
No dia 20 de outubro, Dia Mundial de Prevenção e Combate à Osteoporose, essas entidades lançam um novo alerta, já que, quando associadas à osteoporose – degeneração óssea que atinge uma parcela significativa da população -, as quedas formam uma combinação de alto risco, que afeta significativamente a qualidade de vida e pode levar à morte.
A campanha levará essa importante mensagem de alerta e esclarecimento à população, e espera que, dessa forma, as pessoas possam se preocupar com sua prevenção e busquem tratamento adequado. ?Trata-se de um quadro grave e que precisa ser alterado?, alerta Henrique Mota, da Sbot. Quando um idoso cai e fratura um osso, as conseqüências para a sua saúde são imediatas. Fisicamente, ele perde sua capacidade de mobilidade, a independência, e pode ter inúmeras complicações associadas à fratura. Psicologicamente, o dano pode ser ainda maior. Muitas vezes a queda assume um significado de decadência e fracasso, sentimentos de vulnerabilidade, humilhação e culpa. Para os dirigentes das duas entidades, o mais preocupante é que acidentes poderiam ser evitados com a prevenção e alguns cuidados básicos de segurança.