Pelo calendário ainda estamos na primavera, mas já dá para sentir a temperatura mais elevada, natural do verão. Com o clima mais quente, as pessoas começam a sair mais de casa, freqüentando parques, praias e piscinas. ?É justamente nessa época do ano que incômodas doenças de pele se tornam comuns, pois as pessoas expõem muitas áreas desprotegidas do seu corpo ao meio ambiente?, revela a dermatologista Kátia Sheylla Malta Purim.

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A especialista explica que, nas atividades praticadas ao ar livre, as pessoas estão sujeitas à ação da luz solar, picadas de insetos, contato com vegetais, calor, frio, vento e chuva, entre outros poluentes. Essas infecções provocadas por bactérias e fungos, embora tratáveis em sua maioria, podem causar marcas na pele, que podem ser evitadas com cuidados simples. ?O calor e a umidade aumentam a incidência dessas infecções, por isso os cuidados devem ser redobrados?, adverte Kátia.

Um dos exemplos de dermatose é a micose dos pés, que pode ser adquirida por pessoas que caminham descalças, tanto na beira da piscina quanto na areia molhada da praia. Também chamada de tínea, a micose atinge várias regiões do corpo. A de maior incidência aparece entre os dedos (frieira), mas a doença pode surgir ainda na virilha – mais comum em homens -, ou ainda nas unhas dos pés e das mãos, nas costas, braços e couro cabeludo.

Prevenção

Por isso, os médicos alertam que se deve evitar andar descalço, sentar-se diretamente na areia ou em locais freqüentados por cães e gatos. O fungo causador da doença habita a pele de todas as pessoas e, muitas delas, podem desenvolver a doença. Seu controle pode ser difícil e a micose pode reaparecer. Alguns tipos de sabonetes e medicamentos podem dificultar o retorno do quadro e devem ser indicados por um dermatologista.

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De acordo com os dermatologistas, a micose das unhas é a que leva mais tempo para ser tratada, principalmente pelo abandono do tratamento. "As pessoas querem resultados rápidos e abandonam o tratamento sem curar totalmente o problema", atestam. Outro alerta dos dermatologistas é para o perigo da automedicação, pois certos tipos de pomadas podem complicar o quadro.

Conscientização

Há ainda um número considerável de dermatoses relacionadas ao sol, tais como herpes simples, lúpus eritematoso, rosácea e vitiligo, cujos portadores devem receber orientação específica. O próprio calor induz doenças causadas pelo excesso de transpiração. Entre esses problemas estão a miliária (muito comum em crianças e mais conhecida como brotoeja) e a disidrose (que afeta geralmente mãos e pés). O calor também pode atuar como facilitador de doenças infecto-contagiosas. Entre essas doenças estão aquelas causadas por bactérias, como o impetigo, a furunculose e a erisipela, entre outras.

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Nesses quesitos, o dermatologista pode atuar como um consultor, orientando os cuidados à saúde e integridade da pele, e instituindo o tratamento adequado. O portador de lesões cutâneas deve ser conscientizado dos riscos nas atividades inerentes ao verão. Para a médica, a prevenção de viroses em geral passa pelo senso comum: nutrição adequada, imunização prudente, tratamento correto e precauções universais.

Como evitar e tratar dermatoses causadas pelo sol

Micose: Geralmente ataca pessoas predispostas ao distúrbio. É aconselhável o uso de xampus antimicóticos, já que, invariavelmente, essas micoses começam no couro cabeludo.

Acne: Não use protetores solares oleosos. A noite, utilizar o ácido retinóico, que  ?desentope? a glândula e permite uma limpeza completa.

Sardas: Use protetores solares com fator de proteção acima de 30.

Queimaduras por excesso de exposição ao sol: Respeite a sua pele e não abuse do sol, principalmente na praia, onde a radiação é refletida na areia branca e queima mesmo debaixo do guarda-sol.