Independente do sexo, na faixa dos 50 a 60 anos, acredita-se que de 60% a 70% das pessoas apresentam a doença e, acima dos 80 anos, estima-se que 90% da população dá sinais dela em alguma articulação. Pesquisas apontam que um terço da população, com idade superior a 70 anos, não sofre as dores da artrose.
Cerca de 15 milhões de brasileiros padecem com o mal. "De acordo com as estatísticas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a artrose ocupa o terceiro lugar como causa de afastamento do trabalho, perdendo para as doenças cardíacas e psíquicas" ? afirma a Dra. Elda Pastor, ex-presidente da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia). "A expansão da população idosa e da obesidade estão associadas ao aumento dos casos de artrose", complementa o vice-presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia e professor assistente do Departamento de Reumatologia do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), Dr. Ari Radu. Ele alerta que outro fator de risco é a falta de atividade física.
O tratamento da doença ?tida como benigna, já que dificilmente leva à morte? envolve reumatologistas, fisiatras, fisioterapeutas, ortopedistas e cirurgiões. Enquanto reumatologistas se concentram no tratamento clínico, com a administração de medicamentos que agem sobre a cartilagem, fisiatras e fisioterapeutas podem atuar na recuperação do movimento dos pacientes. Em último caso, cirurgiões respondem pelo tratamento operatório, nos casos em que as articulações foram totalmente destruídas e há necessidade da implantação de próteses.