Mudança de horário exige cuidados com a saúde

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Gisele Minhoto destaca
sono de qualidade.

O horário de verão termina no próximo sábado. Os relógios devem ser atrasados em uma hora no dia 20 de fevereiro. Mas a mudança não se reflete apenas em alterar os ponteiros. O corpo humano sofre alterações e todos devem se adaptar ao novo horário para não apresentar problemas de saúde.

A psiquiatra especialista em medicina do sono, Gisele Minhoto, que atua no Hospital de Clínicas (HC), afirma que o impacto no ritmo biológico é menor quando se volta ao horário normal em comparação ao dia em que se entra no horário de verão. Apesar disso, as pessoas devem seguir algumas orientações nessa semana, para não sentir muito o encerramento desse período. "Muitos pensam que têm uma hora a mais para dormir e que isso é bom. Mas nos dias que antecedem o fim do horário de verão, deve-se dormir e levantar mais cedo", recomenda.

As alterações nos horários de dormir e levantar influenciam no ritmo biológico de cada um, afetando inclusive a liberação de hormônios, feita durante o sono. "Há pessoas que se adaptam em uma semana. Outras podem levar até dois meses. Para pessoas idosas ou que possuem problemas para dormir, as dificuldades na adaptação são bem maiores", comenta Gisele. A psiquiatra aconselha a diminuição de ingestão de cafeína e estimulantes nos dias que antecedem a mudança de horário. "Eles atrapalham o sono. Se diminuir a ingestão, mais cedo a pessoa se adapta. Outra recomendação é não jantar muito tarde", afirma.

Copel

A gerente do Centro de Operações do Sistema Elétrico da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Ana Rita Xavier Mussi, explica que o horário de verão ajuda a dar folga ao sistema de transmissão de energia elétrica nos momentos de pico de consumo. De acordo com ela, não há economia de energia especificamente por causa da mudança de horário. Existe uma redução natural durante o verão, pois as pessoas alteram seus hábitos, como tomar banho mais frio. "O horário de verão não ajuda na economia. Faz com que o pico de energia passe um pouco para frente. Há uma maior flexibilização no sistema de transmissão, o que gera folga", salienta.

O período resultou em uma redução de 200 megawatts, em média, no Paraná. Isto significa que uma máquina da Usina de Segredo, de médio porte, deixou de ser usada. "Ela não precisa ficar disponível para atender o sistema naquele momento. O patamar de 200 megawatts ficou dentro das expectativas", revela Ana. Este desempenho se soma aos dos outros nove estados brasileiros que adotaram o horário de verão. A estimativa é reduzir 2,3 mil megawatts no total, o que representa todo o consumo de energia do estado de Santa Catarina.

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