Mortalidade infantil no Paraná está diminuindo

O Paraná conseguiu, em dez anos, reduzir quase pela metade os índices de mortalidade infantil. Em 1991, o coeficiente era de 31,16 mortes por mil nascidos vivos. Em junho deste ano, última parcial fechada pela Secretaria de Estado da Saúde, a taxa havia caído para 15,81, na mesma população. Isso representa uma queda de 49,2% na taxa de letalidade entre crianças recém-nascidas.

Esses números positivos são o reflexo de estratégias adotadas nas áreas materno-infantil, que inclui desde a capacitação de profissionais ao acesso a serviços. Dois programas estratégicos foram fundamentais para derrubar o índice de mortalidade infantil no Paraná: o Protegendo a Vida e a Rede de Proteção à Vida. Os programas receberam R$ 12 milhões de investimentos, aplicados no treinamento de mais de 40 mil profissionais da saúde e aquisição de equipamentos.

De acordo com o secretário Luiz Carlos Sobania, através desses programas de apoio ao bebê e à gestante, foram praticamente eliminadas no Estado as mortes de recém-nascidos por infecção, desnutrição ou verminoses. “Hoje, a maioria das mortes de bebês com menos de um ano ocorre até os 28 dias de vida e é causada por complicações associadas à gestação ou ao parto, como nascimentos prematuros ou dificuldades respiratórias. Em seguida, estão as mortes por malformações congênitas e as doenças do aparelho respiratório”, explica Sobania. Isso fez com que o governo investisse prioritariamente no atendimento dessa faixa, equipando hospitais e ampliando o número de leitos de UTIs neonatais. Há oito anos, existiam 33 leitos de UTI para atendimento infantil, concentrados em Curitiba e Londrina. Hoje são 251, atendendo todas as macrorregiões do Estado.

Exemplos

A dona de casa Rosângela da Rosa é uma das mães beneficiadas pelas novas UTIs. Há cinqüenta dias, ela teve o pequeno Leonardo Felipe no Hospital do Trabalhador, em Curitiba. A criança nasceu com problemas respiratórios e precisou ficar internada na UTI neonatal do hospital. Rosângela comenta que teve uma gravidez tranqüila. “Se tivesse que pagar por esse atendimento, não teria condições. Eu sempre fui muito bem tratada, e agora o mesmo está acontecendo com o meu filho”, afirmou Rosângela.

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