Durante o verão, o aumento da transpiração causado pela elevação da temperatura, junto com o intenso contato com a água da piscina e do mar, faz com que a pele fique úmida por mais tempo, provocando o aparecimento das micoses, causadas por fungos que se alojam na pele e se alimentam, entre outras coisas, de queratina, restos epiteliais e produtos de excreção.
Segundo a dermatologista da Clinihauer, Maria Angélica Muricy, as micoses mais comuns são aquelas que afetam os pés, as unhas e, principalmente, as áreas onde ocorre uma dobra na pele, pois apresentam maior umidade e temperatura. Nas crianças também é bastante comum uma micose no couro cabeludo, causada por um fungo que se prolifera na pele, e se alimenta do excesso de oleosidade de algumas pessoas predispostas. Durante o verão deve-se evitar a umidade excessiva, enxugando bem os pés após o banho, não andando descalço em locais públicos. As pessoas também devem estar atentas aos animais de estimação e evitar contato com aqueles que apresentem algum tipo de contaminação.
Na estação, o mal mais comum é a pitiríase versicolor, mais conhecida com ?micose de praia?. ?Na verdade, esse fungo não se adquire na praia, a pessoa já está com a micose, e quando se expõe ao sol, as manchas não pigmentam e aparecem pelo contraste com a pele bronzeada?, explica a dermatologista. Ela é mais comum nos jovens com pele oleosa e nos locais mais oleosos do corpo, como a parte superior das costas.
O diagnóstico das micoses é feito clinicamente e, se necessário, pode-se pedir um exame micológico direto de cultura para saber o tipo de fungo. Os principais sintomas das doenças são a presença de lesões de pele geralmente arredondadas, bem delimitadas, descamativas e que provocam bastante coceira. O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, tópicos ou sistêmicos, dependendo da extensão do problema.